RD CONGO Casos de ébola em «constante aumento» no Congo
RD CONGO
Casos de ébola em «constante
aumento» no Congo
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J.B. | Foto Lusa | 22/08/2018 | 07:09
Numa tentativa de travar a doença, uma organização
humanitária abriu um novo espaço para tratar as vítimas do ébola. Na estrutura
encontram-se «internados 37 pacientes, quase todos contagiados»
Os
Médicos Sem Fronteiras (MSF) abriram um novo centro de tratamento anti-ébola em
Mangina, uma pequena cidade considerada o epicentro da febre hemorrágica que
afeta a população de Kivu do Norte, na República Democrática do Congo (RDC), e
que já provocou a morte de 41 pessoas este ano. No novo espaço inaugurado na
última semana, encontram-se «internados 37 pacientes, quase todos contagiados»,
sendo que «os restantes são casos suspeitos».
«Atualmente
a epidemia está numa fase preocupante. O número dos casos está em
constante aumento e controlar o decurso da doença é difícil, porque não se
consegue chegar às comunidades e geralmente estas encontram-se em situação
muito precária», lamentou Roberta Petrucci, coordenadora do programa ébola dos
MSF na RDC.
A
médica lembra que os conflitos dificultam os trabalhos de contenção à doença.
«A guerra torna a situação mais difícil. A epidemia é controlada no momento que
podemos entrar nas comunidades onde estão as pessoas contaminadas e tentamos
interromper a cadeia de transmissão. Mas na região a segurança é precária e os
deslocamentos são difíceis, ou mesmo impossíveis», explicou a profissional, em
declarações aos serviços de comunicação do Vaticano.
Ainda
com o objetivo de travar a propagação da doença, os MSF estão a prestar apoio
às infraestruturas sanitárias locais e a reforçar protocolos de prevenção e
controlo da infeção, numa tentativa de garantir a continuidade de cuidados às
pessoas não contaminados pelo ébola.
«É
preciso que os casos sejam isolados. Além disso, a população precisa de
entender o que está a acontecer, e a ser tranquilizada, informada e
sensibilizada sobre o que é a doença e sobre como se proteger», frisa Roberta
Petrucci. A par destas ações, o Ministério da Saúde local encontra-se a levar a
cabo um programa de vacinação na zona mais afetada pela doença, com o apoio
da Organização Mundial da Saúde (OMS).
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