MENORES Igreja: Comissão Pontifícia para a Proteção de Menores «incentivada» e «encorajada» pela carta do Papa
MENORES
Igreja: Comissão Pontifícia para a Proteção de Menores
«incentivada» e «encorajada» pela carta do Papa
Ago 21, 2018 - 15:28 Ecclesia
Presidente da Conferência
Episcopal dos Estados Unidos também se manifestou «grato» a Francisco
Cidade do Vaticano,
21 ago 2018 (Ecclesia) – A Comissão Pontifícia para a Proteção de Menores
(CPPM), da Santa Sé, afirmou hoje que se sente “incentivada” pelo apelo do Papa
Francisco à “tolerância zero ao abuso de menores” e “encorajada” com a sua
carta publicada esta segunda-feira.
“A comissão agradece
ao Santo Padre as palavras fortes reconhecendo a dor e o sofrimento de pessoas
que sofreram abuso sexual, abuso de poder e abuso de consciência perpetrado por
alguns membros da Igreja”, lê-se no comunicado.
Os membros da
Comissão Pontifícia para a Proteção de Menores revelam que se sentem “apoiados”
pelo apelo do Papa Francisco “à liderança” da Igreja para «implementar
tolerância zero e maneiras de responsabilizar todos aqueles que perpetram ou
encobrem esses crimes».
“Tolerância zero e
apresentação de contas são um pré-requisito para salvaguardar as pessoas
vulneráveis do abuso, agora e no futuro”, é a mensagem do CPPM que agora foi
reforçada com a carta de Francisco aos católicos divulgada esta segunda-feira.
“Somos eternamente
gratos à coragem profética e à perseverança de muitos homens e mulheres cujo
‘clamor foi mais poderoso do que todas as medidas destinadas a silenciá-lo’”,
desenvolve o comunicado.
Criada pelo Papa
Francisco em março de 2014, a CPPM partilhou também uma declaração da
professora de Direito Canónico, Myriam Wijlens, que destaca três aspetos da
carta do Papa Francisco.
“Expressa,
claramente, uma ligação entre abuso sexual, abuso de poder e abuso de
consciência; menciona dois níveis de abuso de poder – aqueles que usam a sua
posição para abusar sexualmente de menores e adultos vulneráveis e aqueles
que abusam de seu poder para encobrir -; uma resposta voltada para o futuro
implica pedir uma mudança radical de cultura”, explica a docente que faz parte
da equipa do organismo da Santa Sé, que é presidido pelo cardeal
norte-americano Sean O’Malley.
Segundo Myriam
Wijlens, “proteger a reputação da Igreja determina a segurança das crianças em
primeiro.
No sítio online, da Comissão
Pontifícia para a Proteção de Menores, a professora de Direito
Canónico considera ainda que o clero “não será capaz de provocar uma mudança
tão radical”, por isso, o Papa Francisco escreveu que “na humildade terão de
pedir e receber ajuda de toda a comunidade”, na carta onde
reagiu às recentes crises provocadas pelos casos de abusos sexuais nos EUA e
noutros países.
Já o presidente da
Conferência Episcopal dos Estados Unidos também se manifestou “grato” pela
carta de Francisco ao Povo de Deus “em resposta à investigação do Grande Júri
da Pensilvânia e outras revelações” sobre os abusos sexuais.
“Só se fizermos uma
avaliação atenta do nosso fracasso diante dos crimes cometidos, contra aqueles
a quem tínhamos a missão de proteger, a Igreja pode fazer ressurgir uma cultura
da vida onde prevaleceu a cultura da morte”, assinala o
cardeal Daniel DiNardo. CB|Ecclesia
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