CONVÍVIOS FRATERNOS Cinquentenário
CONVÍVIOS
FRATERNOS
Cinquentenário
17-18-19 Maio 1968 a 18-19-20 Maio 2018
Pe. Valente |
Nos 1361 Convívios para Jovens
e 47 para Casais
65 000 jovens e 780 casais
encontraram Cristo
50 anos de mãos dadas a viver e transmitir amor
Passaram-se nos dias 18,19 e
20 de maio, 50 anos que, envolto em dúvidas e em incertezas mas também com
muita esperança e grande confiança que, ao serviço apostólico da Igreja e
iluminado pela força do Espírito Santo, organizei e orientei, ajudado por 8
jovens a cumprir o serviço militar obrigatório, esta primeira experiência de
Deus para entusiasmar e seduzir jovens por Cristo, em Castelo Branco: a que
demos o nome de Convívio Fraterno por no final deste trabalho apostólico, todos
ficarmos unidos e a amarmo-nos como irmãos.
Volvidos estes 50 anos de vida
apostólica deste movimento, dou graças ao Senhor por me
ter ajudado nos 283 Convívios
Fraternos realizados na diocese do Porto (só não participei em 4), nos 53
convívios para jovens militares e em mais de 100 noutras dioceses e no
estrangeiro, em que tive o grato e inesquecível privilégio de ajudar mais de 20
mil jovens e aproximadamente 500 casais nos convívios para eles realizados no
Porto, a reencontrarem-se e entusiasmarem-se por Jesus Cristo.
E isto aconteceu em todos os
convívios como no primeiro: com a mesma fé, a mesma alegria, a mesma paz, a
mesma serenidade e a mesma certeza de que o Espírito Santo iria transformar os
coraçõesdaqueles jovens e casais, apesar das fraquezas e das limitações a que
eu, os jovens e casais das equipas coordenadoras a quem o Senhor escolhera e
chamara para ser o instrumento transmissor do seu amor em cada convívio, e
assim testemunhar e seduzir os participantes pelo Grande Amigo, a quem
apelidamos com carinho de JC que, como afirmava o Papa Francisco, só tem um
defeito: “teimosamente” sempre nos amar, sempre nos perdoar e nunca, sobretudo
nos momentos complicados da vida, nos abandonar.
A grande mensagem de cada
convívio é: Deus é amor e só por nós quer ser amado no amor que aos outros consagramos.
Neste momento, refletindo, não me lembro haver no fim de um convívio uma
desilusão, um sentimento de fracasso, embora, por vezes, durante os 2 primeiros
dias de trabalho, um reconhecimento das nossas fragilidades e limitações como
transmissores da mensagem, mas sempre com uma grande confiança em Jesus Cristo
e Sua Mãe, a quem confiamos os bons frutos do nosso trabalho e a quem nos
entregamos de alma e coração ao transmiti-l`O.
Os milhares de jovens a quem
Deus convidou e o Espírito Santo iluminou para nas equipas coordenadoras serem
seus instrumentos nos 1360 convívios até hoje concretizados, são testemunhas
verídicas do que acabo de escrever.
Para mim todos os convívios
tendo a mesma dinâmica, foram sempre diferentes e vividos como o primeiro há 50
anos.
Eu e os elementos das equipas
que comigo mais estiveram neste trabalho apostólico, nunca nos sentimos desiludidos
ou frustrados. O cansaço pelas noites com apenas 3 ou 5 horas dormidas; os
problemas difíceis por vezes surgidos; as limitações sentidas pela nossa
pequenês e fragilidade, tudo é ultrapassado e compensado pela alegria e
felicidade que sentimos na alegria e felicidade sentida e manifestada por todos
no encontro feito com Jesus Cristo, nosso Amigo, em todos os convívios?!...
Momentos sempre novos, sempre diferentes
em cada convívio realizado!...
Ao realizar o convívio 1359, o
cinquentenário, é difícil explicar e compreender a sensação tão profunda, tão
marcante, tão gratificante e tão esperançosa ao recordar e relacionar o 1o
convívio realizado em Castelo Branco, há 50 anos - bem presente na minha
memória e em saudade e ao reviver e sentir a reação, a força do mesmo palpitar
dos corações e o mesmo entusiasmo por Cristo nos 24 jovens presentes neste
convívio, como há 50 anos nos que fizeram o 1o convívio. A mesma força, a mesma
alegria, a mesma esperança, a mesma certeza, o mesmo dinamismo, o mesmo entusiasmo
sentido neste convívio, como em todos os outros que realizei?!...
A paz, a felicidade sentidas
ao fim de 5 horas no 2º dia deste convívio, como em todos outros, sentado numa cadeira,
escutando histórias de vida, desfazendo dúvidas, iluminando corações em
escuridão, dissipando problemas e seguidamente sentir a alegria e a felicidade
experimentadas, nos jovens com o perdão inesgotável do grande Amigo, Jesus
Cristo, são inexplicáveis apenas vividas e sentidas!...
E no fim, de tudo isto, sem
sentir cansaço, mas apenas paz e amor . A alegria de passar pela Capela e
presenciar um clarão de velas acesas em frente do sacrário, onde se encontra o
“prisioneiro “ do nosso amor, são momentos repetitivos em todos os convívios
mas sempre novos e repletos de esperança na certeza de que aqueles jovens felizes
e marcados para sempre por esta experiência, vão regressar novamente ao mundo
de onde vieram mas agora iluminados pela luz de Cristo para iluminar os
caminhos dos outros homens.
Decorridos estes 50 anos,
apenas me sinto um ser “inútil” de que Deus se tem servido para espalhar este
carisma; um privilegiado de que, apesar das minhas limitações e fraquezas, Deus
me ama e quer continuar ainda hoje a servir-se de mim, dando assim sentido ao
meu sacerdócio e à minha vida.
Agora, apenas afirmo: enquanto
Ele quiser servir-se de mim na construção do seu Reino, estou disponível. BALADA DA UNIÃO.
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