IR.ROGER Taizé
07. IRMÃO ROGER TAIZÉ
Gigante do ecumenismo e da paz
O
Irmão Roger, 90 anos, foi uma dos verdadeiros gigantes do ecumenismo ao longo
das últimas décadas. Assassinado em pleno decorrer de uma das orações que
celebrizaram a Comunidade de Taizé, este antigo pastor calvinista chegou ao fim
de uma vida dedicada à luta pela coexistência pacífica de todos os homens. Na
Comunidade de Taizé, que ele fundou, procurava realizar o ideal cristão da
reconciliação e viver a colaboração ecuménica.
Há
quem se tenha referido a esta figura como um “grande místico contemporâneo”.
Pelo seu compromisso a favor da paz foi agraciado pela Unesco com o prémio
“educaçãopara a paz”, em 1988. João Paulo II falava da “primavera de Taizé” e
não escondia a sua admiração para com o Irmão Roger.
Taizé, herança que não morre - Em 1940,
o Irmão Roger, com 25 anos de idade, deixou o seu país de origem, a Suiça, para
ir viver em França, o país da sua mãe. Quando era mais novo, tinha estado
imobilizado durante vários anos devido a uma tuberculose pulmonar. Durante este
tempo amadureceu a ideia de criar uma comunidade onde fossem vividas a
simplicidade e a bondade como realidades essenciais do Evangelho.
No
momento em que começou a II Guerra Mundial, a pequena aldeia de Taizé passou a
acolher refugiados fugidos da guerra. Pediu a sua irmã Geneviève para o vir
ajudar no acolhimento dos refugiados a quem dava abrigo. Entre eles havia
também judeus.
Por
respeito para com aqueles que acolhia, o Irmão Roger rezava sozinho.
Frequentemente ia cantar para longe de casa. Isto para que alguns dos
refugiados, judeus ou agnósticos, não ficassem incomodados.
Ainda
nos anos 50, alguns irmãos foram viver para lugares desfavoráveis do mundo,
para serem aí testemunhas de paz, para estarem ao lado dos que sofrem. Hoje, em
pequenas fraternidades, os irmãos vivem em bairros degradados na Ásia, na
África, na América Latina.
Desde
final dos anos 50, o número de visitantes em especial os jovens, tornava-se
cada vez maior. Em 1966, as Irmãs de Santo André, uma comunidade católica
internacional fundada há mais de sete séculos, vieram viver para a aldeia
vizinha e começaram a assumir uma parte das tarefas de acolhimento. Muito mais
tarde vieram também as Ursulinas polacas.
A
partir de 1962, irmãos e jovens, enviados por Taizé, foram aos países da Europa
de Leste, para estarem próximos dos que estavam presos nas suas próprias
fronteiras.
Alguns dirigentes da Igreja foram a Taizé. A
comunidade acolheu o Papa João Paulo II, três Arcebispos de Cantuária,
Metropolitas ortodoxos, os bispos luteranos da Suécia e numerosos pastores do
mundo inteiro.
in
Boa Nova, Março 2006, p.18
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