FOME ONU: 9,6 milhões de pessoas sofrem de insegurança alimentar na África Austral

FOME
ONU: 9,6 milhões de pessoas sofrem de insegurança alimentar na África Austral 
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FAO/Eddie Gerald
Maláui registou um aumento de 1,1 milhão de 
pessoas em grave situação de insegurança alimentar
27.novem.2018
Maláui registrou teve aumento de 1,1 milhão de pessoas nessa situação em época de escassez; Ocha espera que situação piore com 80% de probabilidade do fenómeno climático El Niño este dezembro.

O Departamento da ONU para os Assuntos Humanitários, Ocha, estima que 9,6 milhões de pessoas enfrentam uma grave situação de insegurança alimentar na África Austral, nesta época de escassez.
Somente o Maláui registrou um aumento de 1,1 milhão de pessoas nessa situação no período que começou em outubro passado e termina em abril do próximo ano. A situação deve piorar por haver 80% de probabilidade do fenómeno climático El Niño na região até dezembro.
Moçambique é um dos seis países com maior risco de ser afetado pelo El Niño. Foto: ONU News/Ouri Pota
Emergência
De acordo com o Ocha, três distritos do Zimbábue e dois de Madagáscar já enfrentam níveis de emergência de insegurança alimentar por terem perdido os seus meios de subsistência.
A estimativa é que as chuvas estejam abaixo da média em áreas que incluem o sul de Moçambique. O país é um dos seis com maior risco de ser afetado pelo fenómeno que merece atenção de agências humanitárias ao lado de Eswatini, Lesoto, Madagáscar, Maláui e Zimbabué.
Riscos
O comunicado do escritório destaca ainda que o aumento dos níveis de insegurança alimentar agrava os riscos de proteção, particularmente para mulheres e crianças.
Outra razão de preocupação é o aumento de casos de cólera que, desde o final de agosto, quase duplicou na África Austral. Mais de 21 mil casos foram notificados até outubro.
Os principais fatores foram o novo surto no Zimbabué e o aumento de casos na Tanzânia. No fim desse mês, Moçambique tinha confirmado 650 casos nas províncias de Cabo Delgado e 1650 em Nampula.
Alto Risco
Outras doenças transmissíveis como a peste, o sarampo e a hepatite E continuam a ter impacto nos países da região, onde se apresenta alto risco de propagação do ébola na República Democrática do Congo.
Em Angola, na Tanzânia e na Zâmbia decorre a preparação para prevenir a propagação do surto.
Um outro motivo de atenção é o número de afetados pela violência nas ilhas Comores e em Moçambique, além dos cerca de 350 mil cidadãos congoleses expulsos de Angola na Operação Transparência que iniciou a 25 de setembro.

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