PERSEGUIÇÃO/cristãos Veneza vai tingir-se de vermelho em nome dos cristãos perseguidos
PERSEGUIÇÃO/cristãos
Veneza vai tingir-se de
vermelho em nome dos cristãos perseguidos
Nov 20, 2018 - 15:45 Ecclesia
Papa destaca «iniciativa
providencial» para defender um direito essencial da humanidade
Foto: AFP |
A cidade de Veneza, em Itália, vai esteve, neste dia 20 de novembro, pintada
de vermelho em memória dos cristãos perseguidos, numa iniciativa organizada
pelo Patriarcado local e pela Fundação Ajuda a Igreja que Sofre
.
Numa mensagem enviada ao
Patriarca de Veneza, o Papa classifica este acontecimento como “uma iniciativa
providencial” para recordar todos quantos hoje ainda vivem privados do direito
à liberdade religiosa e de culto.
“Existem países onde é imposta
uma única religião, e outros onde assistimos a uma perseguição violenta ou a um
achincalhamento cultural sistemático exercido sobre os discípulos de Jesus”,
lamenta Francisco.
Para o Papa argentino, o
direito à liberdade religiosa é um pilar “fundamental” da humanidade e “deve
ser renovado porque reflete “a mais alta dignidade” de cada homem e mulher.
Depois de o Coliseu de Roma
ter sido pintado a vermelho, para lembrar o mundo da situação dos cristãos,
martirizados pela sua fé um pouco por todo o mundo, desta vez será a cidade de
Veneza, considerada um dos patrimónios culturais mais relevantes do mundo.
A Basílica de Nossa Senhora da
Saúde, o percurso ao londo do Grande Canal de Veneza, ou a Ponte do Rialto, são
alguns dos pontos de Veneza que irão estar tingidos de vermelho, na noite desta
terça-feira.
Recorde-se que em Portugal, no
âmbito do mesmo projeto, foram iluminados com a cor do sangue, a simbolizar o
sofrimento dos cristãos, os monumentos do Cristo-Rei, em Almada, Setúbal; e a
Basílica dos Congregados, em Braga.
Naquela que foi a iniciativa
mais recente deste género, em fevereiro deste ano, o Papa recebeu a família de
Asia Bibi, uma mulher cristã que recentemente foi libertada da prisão depois de
9 anos encarcerada no corredor da morte, no Paquistão, por alegadamente ter
insultado Maomé.
Em declarações divulgadas pela
Fundação AIS, a filha de Asia Bibi já veio agradecer todos os esforços que
foram feitos, ao longo dos anos, a favor da libertação da sua mãe.
Eisham, que tinha 9 anos na
altura em que a sua mãe foi presa, deixa também um reconhecimento especial aos
juízes que ilibaram Asia Bibi, pela “coragem” que revelaram, “e ao sistema
judicial do Paquistão, que finalmente reconheceu a sua inocência”.
Asia Bibi foi libertada no dia
7 de novembro e encontra-se neste momento num local não divulgado pelas
autoridades, para não comprometer a sua segurança.
A maioria muçulmana não se
conformou com a decisão do Supremo Tribunal de Justiça do Paquistão, e tem
promovido violentos protestos um pouco por todo o país.
Na mesma declaração vídeo, a
filha de Asia Bibi, Eisham, agradece o esforço e a oração de todos quantos
acompanharam este caso, e faz votos para que “muito em breve a sua família
esteja toda reunida”.
Recorde-se que além do marido,
Ashik Masih, e da filha Eisham, a paquistanesa cristã Asia Bibi tem mais quatro
filhos, que agora vai poder voltar a ver.
No âmbito desta memória dos
cristãos perseguidos, o Papa Francisco também recebeu em fevereiro último, além
de Asia Bibi, a nigeriana Rebecca Bitrus, que durante dois anos sofreu em
cativeiro às mãos do grupo armado islâmico Boko Haram, que quer implementar o
Islão no norte da Nigéria.
JCP
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