PADRES No futuro «padres sinodais» Por P. Armando Soares
PADRES
No futuro «padres sinodais» Por
D. António Augusto Azevedo | Foto: Ecclesia |
D.
António Augusto Azevedo | Foto: Ecclesia
Terminado o Sínodo dos
Bispos é necessário encontrar modalidades locais para que o seu espírito e
prática dos seus ensinamentos permaneçam e se afirmem.
No encerramento do Sínodo
o Papa disse que o importante era este «estilo sinodal». Um estilo que passa
pela escuta e pela capacidade das pessoas, grupos e igrejas locais se reunirem
e, juntas, encontrarem caminhos de futuro. Importa aqui que ao conteúdo se
associe também a forma. Só é possível apanhar o estilo deste Sínodo estando
permanentemente com os jovens. Em variadíssimos pontos o documento remete para
o trabalho das igrejas locais. Recomenda sínodos, encontros e decisões das
igrejas locais.
D. António Augusto,
sublinha “a proximidade e a escuta atenta do Papa Francisco, o bom ambiente do
Sínodo do qual destaca a participação dos jovens. Assinala a importância da
fase seguinte do Sínodo nas igrejas locais.”
“O Sínodo me fez
experimentar uma dimensão importante inerente ao ministério episcopal que é a
dimensão da colegialidade: esta proximidade com o Papa Francisco e com os
bispos de todo o mundo”.
“Posso testemunhar
pessoalmente: Nesta fase em que estivemos reunidos em Roma o Papa Francisco
surpreendeu pela proximidade. Foi muito afável, muito próximo, com sinais muito
bonitos. Desde logo, por estar a receber todas as pessoas, por estar disponível
para conversar com toda a gente. Essa proximidade, de que o Papa tantas vezes
tem falado, nós podemos testemunhar que ele próprio a vive. E também
impressionou pela sua capacidade de escuta. O ambiente foi sempre muito
bom. De grande comunhão e também de grande alegria, de grande diálogo e
sobretudo de interesse. Interesse em partilhar experiências e em sentir melhor
outras realidades de outras igrejas que vivem, de facto, momentos mais
difíceis”.
Dias depois, o Papa no
Angelus referiu: os frutos desta colheita serão tanto mais saborosos e
abundantes, e o vinho será tanto melhor, quanto também os jovens participem
deste processo. Eu diria: um estilo sinodal, proposto aos pastores, proposto às
comunidades, às estruturas, mas sempre com a presença dos jovens.
É apenas o passar para
uma nova fase com estas mesmas atitudes, de continuar à escuta, de continuar
atento e de continuar a discernir, numa realidade dos jovens que está sempre em
mutação. Portanto, a escuta é sempre indispensável.
Numa conferência
“Seminário: passado, presente e futuro”, no Seminário do Bom Pastor, em
Ermesinde, como marca do presente, inspirado pelo Concílio Vaticano II, D.
António Augusto destacou a importância dada à formação espiritual e à
recomendação sobre novos métodos didáticos a implementar nos seminários.
Assinalou no tempo pós-conciliar, não obstante os muitos abandonos da vida
sacerdotal e uma notória redução do número de alunos nos seminários, a
implementação de novas realidades como o pré-seminário e os seminários de
movimentos da Igreja. No presente, muitas vocações revelam-se em idade adulta,
concluiu.
Sobre o futuro dos
seminários, o bispo auxiliar do Porto assinalou que as orientações da Igreja
apontam para uma formação que deverá ser integral, missionária e comunitária.
Os Seminários deverão formar padres que sejam discípulos missionários
enamorados do Mestre que vivam no meio do mundo na simplicidade, na sobriedade
e na autenticidade.
O Padre Renato de
Oliveira, de Viana do Castelo, chamou a atenção para o lema do Ano Pastoral da
diocese: “Somos Igreja que evangeliza. É neste espirito que queremos viver mais
uma semana dos seminários”, refere o padre Renato Oliveira no vídeo.
Precisamos de
evangelizadores. Qual vai ser o modelo? A inspiração no “espírito sinodal” vai
abrir muitas portas e continuar a vivência do sínodo dos jovens, num ambiente
intergeracional, pondo em movimento e em constante diálogo: bispos, padres
idosos e novos, religiosos, religiosas, leigos, famílias, estruturas
paroquiais, instituições eclesiais, e a riqueza dos jovens. O padre do futuro:
“um padre sinodal”.
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