Sínodo 2018: Papa quer diálogo com os jovens por ARMANDO SOARES in BOA NOVA-dez 2018


Sínodo 2018: Papa quer diálogo com os jovens por ARMANDO SOARES in BOA NOVA-dez 2018
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2. A Missa começou com uma procissão liderada pelos jovens convidados que participaram na assembleia sinodal. “Como Igreja de Jesus, desejamos colocar-nos amorosamente à vossa escuta, certos de duas coisas: que a vossa vida é preciosa para Deus, porque Deus é jovem e ama os jovens; e que, também para nós, a vossa vida é preciosa, mais ainda necessária para se avançar”, referiu o Papa. Francisco refletiu sobre “três passos fundamentais no caminho da fé”, a começar por “escutar, antes de falar”. “Como é importante, para nós, escutar a vida, e prestar ouvidos às necessidades do próximo!” Devemos caminhar unidos intimamente a Ele, e em comunhão com os nossos irmãos, precisou.

3. E propôs que as comunidades católicas partam ao encontro de quem sofre, com uma mensagem de fé. “Quantas vezes as pessoas sentem mais o peso das nossas instituições que a presença amiga de Jesus”, advertiu. “A fé é questão de encontro com Jesus que passa; no encontro, palpita o coração da Igreja. Então serão eficazes, não as nossas homilias, mas o testemunho da nossa vida”. O Papa concluiu com o agradecimento a todos os que participaram neste “caminhar juntos”, realçando que nestes dias se trabalhou “em comunhão e com ousadia, com vontade de servir a Deus e ao seu povo”. “Que o Senhor abençoe os nossos passos, para podermos escutar os jovens, fazer- -nos próximo e testemunhar-lhes a alegria da nossa vida: Jesus”, desejou. Antes da bênção final, na Eucaristia, foi lida a carta aos jovens, escrita pelos participantes na XV assembleia geral ordinária do Sínodo dos Bispos. 

4. A assembleia sinodal escreveu uma carta aos jovens de todo o mundo. “A vós, jovens do mundo, nós, Padres Sinodais, dirigimo-nos com uma palavra de esperança, confiança e consolação. Nestes dias, reunimo-nos para escutar a voz de Jesus, ‘o Cristo, eternamente jovem’, e reconhecer nEle as vozes dos jovens e os seus gritos de exultação, lamentos e silêncios”, assinala o texto. Vários dos jovens participantes acompanharam a apresentação da mensagem, junto do secretário-geral do Sínodo, cardeal Lorenzo Baldisseri. O documento, elaborado por uma comissão de 12 pessoas – bispos, jovens, convidados e representantes de outras confissões cristãs presentes na assembleia – evoca as “buscas interiores, as alegrias e as esperanças, as dores e angústias” que fazem parte da vida dos jovens.

5. “Queremos que escuteis uma palavra nossa: desejamos ser colaboradores da vossa alegria, para que as vossas expectativas se transformem em ideais. Temos a certeza de que com a vossa vontade de viver, estais prontos a empenhar-vos para que os vossos sonhos tomem forma na vossa existência e na história humana”. A carta pede aos jovens que confiem na Igreja, apesar das “fragilidades e pecados” dos seus membros, para criar “novos caminhos” que façam desaparecer as “névoas da indiferença, da superficialidade, do desânimo”.

6. Após quase um mês de trabalhos conjuntos, os participantes no Sínodo exprimem o desejo de “continuar o caminho” de encontro, em particular junto “dos mais frágeis, dos pobres, dos feridos pela vida”. Ao terminar o Sínodo ficam estas palavras cheias de carinho, de proximidade, e que, cremos, irão produzir imensos frutos na Igreja e na sociedade no diálogo aberto com as novas gerações. * in BOA NOVA-dez 2018

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