EUROPA perseguição cristã
EUROPA perseguição cristã
AIS alerta para cerca de 3 mil ataques a igrejas e símbolos cristãos,
em 2019
Jan 7, 2020 - 11:38
Ajuda à Igreja que Sofre fala
em «ano recorde para a hostilidade anticristã no continente»
A fundação pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre alertou hoje para a realização
de três mil ataques contra igrejas, escolas e símbolos cristãos na Europa, em
2019, citando uma pesquisa do centro de estudos e conselho de política
internacional ‘Gatestone Institute’.
“Aproximadamente 3 mil igrejas, escolas, cemitérios e monumentos cristãos
foram vandalizados, queimados, saqueados ou profanados na Europa durante 2019 –
mais de cinco por dia, um ano recorde para a hostilidade anticristã no
continente”, explica a fundação pontifícia.
Numa nota enviada à Agência ECCLESIA, a Ajuda à Igreja que Sofre (AIS)
informa que os ataques foram “particularmente significativos” na França e na
Alemanha, mas também foram “comuns” na Bélgica, na Grã-Bretanha, na Dinamarca,
na Irlanda, e na Itália e Espanha.
O centro de estudos e conselho de política internacional ‘Gatestone
Institute’ analisou notícias e reportagens divulgadas durante 2019 na
imprensa europeia, registos de polícia e publicações nas redes sociais.
O secretariado português da AIS assinala que os dados divulgados no início
de 2020 “vêm confirmar uma tendência registada ao longo dos últimos tempos” e
que tem sido avaliada por diversas entidades, como o Observatório da
Intolerância e Discriminação contra os Cristãos, que denunciou 30 incidentes em
igrejas na Alemanha – assaltos, roubos e incêndios intencionais -, entre abril
e junho do último ano.
O referido observatório alertou para “um aumento no número de igrejas,
símbolos cristãos e cemitérios em toda a Europa vandalizados, profanados e
queimados, em comparação com os anos anteriores”, num relatório publicado no
Dia Internacional da Tolerância de 2019, a 16 novembro.
“Os cristãos são ‘pressionados’ de muitas maneiras diferentes na Europa:
desde interferência nas liberdades de consciência, expressão e associação, até
negação de acesso à justiça e serviços jurídicos”, alertou diretora-executiva
do Observatório da Intolerância e Discriminação contra os Cristãos.
Neste âmbito, Ellen Fantini exemplificou que “os direitos” dos pais
cristãos de criarem os filhos “em conformidade com a sua fé são violados”, ou
os símbolos religiosos cristãos “removidos da praça pública”, e os cristãos
serem “submetidos a estereótipos negativos nos meios de Comunicação Social”, e
os grupos cristãos “excluídos dos campus universitários”.
A AIS contabiliza que a França é um dos países onde têm registado “mais
incidentes contra Igrejas e símbolos cristãos”, um relatório do Serviço Central
e Inteligência Criminal, citado pelo jornal ‘Le Figaro’, “houve milhares de
casos de vandalismo nas igrejas”, entre 2016 e 2018, com 1063 ocorrências
registadas num dos anos, uma média de quase três casos por dia.
Neste contexto, a fundação pontifícia recorda que 12 igrejas francesas foram “saqueadas,
profanadas e alvo de atos de vandalismo” em “apenas sete dias”, durante a
segunda semana de março do ano passado, como a igreja de São Sulpício, que foi
“incendiada logo após a celebração eucarística do meio-dia”.
CB/OC
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