SUDÃO DO SUL Acordo de Paz
SUDÃO DO SUL
Acordo de Paz
Governo e movimentos de oposição
assinaram «acordo de paz»
Jan 14, 2020 - 15:28
Comunidade
católica de Santo Egídio mediou e acolheu assinatura do compromisso, em Roma
Foto: Vatican News |
O governo do Sudão do Sul e a Aliança dos Movimentos de Oposição (Ssoma)
assinaram um acordo, a Declaração de Roma, onde assumiram o compromisso de
terminarem as hostilidades no país africano, a partir de 15 de janeiro.
“A Declaração de Roma para o
processo de paz no Sudão do Sul é de grande importância porque é o resultado de
um trabalho intenso que durou mais de dois anos e do compromisso que a
Comunidade de Santo Egídio exerceu para facilitar o diálogo político no Sudão
do Sul”, disse o secretário-geral da comunidade católica.
Na conferência de imprensa de
apresentação do documento, Paolo Impagliazzo, afirmou que o “acordo de paz”
quer dizer um “renascimento” para o Sudão do Sul e “a possibilidade de um
diálogo político entre as várias partes ao redor de uma mesa sem discussões”.
O acordo de paz, onde o Governo e a Aliança dos Movimentos de Oposição do
Sudão do Sul manifestaram seu compromisso em cessar as hostilidades a partir
desta quarta-feira, 15 de janeiro, foi assinado na Comunidade de Santo Egídio,
este domingo, dia 12, em Roma.
“Ainda temos muito caminho pela frente, por isso pedimos que não nos
abandonem, mas continuem a sua colaboração connosco”, disse Barnaba Marial
Benjamin, chefe da delegação do Governo do Sudão do Sul.
O secretário-geral da Comunidade de Santo Egídio assinalou que vão
continuar “a seguir este processo” e, brevemente, será feita uma nova reunião
para “entender como atuar os mecanismos do cessar-fogo e propor uma agenda de
compromissos para iniciar um verdadeiro diálogo político”.
O sítio online ‘Vatican News’ explica que Governo e oposição no Sudão do Sul
declararam que permitem o acesso humanitário às organizações locais e
internacionais, inclusive as não-governamentais, para “aliviar os sofrimentos
da população martirizada pela guerra e também pelas terríveis enchentes”.
Foto: Lusa |
Paolo Impagliazzo também destacou que o gesto do Papa Francisco, no
encontro de 11 de abril 2019 no Vaticano, “atingiu o coração de todos,
levando-os seriamente a procurar um caminho de reconciliação”.
O Papa beijou os pés dos líderes políticos do Sudão do Sul que
participaram num retiro espiritual, nos dias 10 e 11 de abril do ano passado,
no Vaticano
“Imploro que o fogo da guerra se apague de uma vez por todas, que possam
voltar para vossas casas e viver em serenidade. Suplico ao Deus Todo-Poderoso
que a paz chegue à vossa terra e dirijo-me também aos homens de boa vontade
para que a paz chegue ao vosso povo”, disse Francisco, no final do retiro espiritual
dirigido aos líderes civis e religiosos do Sul do Sudão, um país independente
desde julho de 2011 e em guerra civil desde 2013.
CB/PR
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