PAZ A Paz é dom de Deus

PAZ
A Paz é dom de Deus
O bispo do Funchal presidiu esta quarta-feira, dia 1 de janeiro, na Sé do Funchal, em que a  Igreja celebra a fet de Santa Maria, Mãe de Deus, a mais antiga que se conhece no ocidente. Além disso, neste dia 1 de janeiro a Igreja celebra ainda o Dia Mundial da Paz, que vem já do tempo do Papa Paulo VI.
Foi à volta destes dois temas que se centrou toda a homilia de D. Nuno Brás, que começou por dizer que “parecendo que se trata apenas de um louvor à Mãe de Deus”, o que por si só já não seria pouco, “a solenidade de hoje é essencialmente uma afirmação de fé acerca do próprio Jesus, quer dizer, do Menino nascido no presépio de Belém”.
Coube ao Concílio de Éfeso, realizado no ano 431, “afirmar que Maria é a Mãe de Deus” e que “dela o Verbo recebeu verdadeira carne, natureza humana”, tonando-se assim “verdadeiro Deus e Verdadeiro Homem”. 
Neste contexto, prosseguiu o prelado, “Maria convida-nos a olhar para o presépio e a reconhecer naquele Menino, que é de verdade Seu filho, o Deus feito homem verdadeiro”. Coube assim à Virgem Maria “a sublime missão lhe oferecer a natureza humana, a carne humana, que O fez um de nós”, em tudo igual “exceto no pecado”. Apenas deste modo “é garantida a nossa salvação”. Mas esta condição implica igualmente que “nada de quanto é verdadeiramente humano” é, de agora em diante, “estranho a Deus”. Antes pelo contrário. “Tudo o que é humano interessa à fé, interessa a nós cristãos”.

Quando “deixamos que a Paz, que é dom de Deus, converta o nosso coração e desse modo converta o nosso ser, o nosso agir e o nosso viver, podemos e devemos esperar a Paz para nós e para quantos nos rodeiam, a Paz para o mundo inteiro, como realidade que já experimentamos e da qual queremos fazer com que todos participem”, disse o bispo diocesano., D. Nuno Brás.   
“O mundo, disse o Papa, não precisa de palavras vazias, mas de testemunhas convictas”, que convivem na casa comum com as próprias diversidades, celebrando e respeitando a vida recebida e partilhada e tendo atenção “modelos de sociedade que favoreçam o desabrochar e a permanência da vida no futuro e o bem comum de toda a família humana”. Dito de outra forma, “daqui surge a conversão ecológica” que, segundo o Papa, “deve ser entendida de forma integral, como uma transformação das relações que mantemos com as nossas irmãs e irmãos e com os outros seres vivos, com a criação, na sua riquíssima variedade, e com o criador que é a origem de toda a vida”. 

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