SAÚDE desafios OMS:13 maiores desafios de saúde para a próxima década
SAÚDE desafios
OMS:13 maiores desafios de
saúde para a próxima década
13 janeiro 2020 ONU News
BR
Agência da ONU destacou temas como mudança climática, qualidade de medicamentos,
novas tecnologias e epidemias; para o diretor-geral da OMS, “nenhuma
dessas questões é simples de resolver, mas é possível fazê-lo.”
Com
o início de um novo ano e uma nova década, a Organização Mundial
de Saúde, OMS, está divulgando uma lista de desafios urgentes e
globais à saúde.
A lista foi
criada com a contribuição de especialistas de todo o
mundo e destaca que os recursos sendo investidos
nas principais prioridades são insuficientes.
Importância
Em
nota, o diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, disse que essa
falta de investimento “coloca vidas, meios de subsistência e economias em
risco.” Segundo ele, “nenhuma dessas questões é simples de resolver,
mas é possível.”
Para Ghebreyesus,
“a saúde pública é uma escolha política” e é preciso “perceber que a saúde
é um investimento no futuro.”
O chefe
da ONU disse que “os países investem na proteção de seu
povo contra ataques terroristas, mas não contra o ataque de um
vírus, que pode ser muito mais mortal e muito mais prejudicial.”
1
- Manter serviços de saúde limpos
Cerca
de um em cada quatro centros de saúde em todo o mundo têm falta de serviços
básicos de água potável. A OMS trabalha com 35 países de
rendas média e baixa para melhorar as condições de higiene em seus
hospitais.
2-
Destacar importância da saúde no debate sobre clima
A
crise climática é uma crise de saúde. A poluição do ar mata cerca de 7 milhões
de pessoas todos os anos e a mudança climática causa desastres naturais que
aumentam a subnutrição e ajudam a espalhar doenças infecciosas como a
malária.
Em
2019, mais de 80 cidades de 50 países assumiram o compromisso de cumprir as
regras da OMS sobre qualidade do ar. Em 2020, a agência da ONU quer criar uma
série de recomendações políticas sobre o tema.
3
– Cuidados em locais de conflito e crises
No
ano passado, os maiores surtos de doenças aconteceram em países afetados por
conflitos. A OMS registrou 978 ataques a instalações de saúde em 11 países,
causando pelo menos 193 mortes. A OMS respondeu a 58 emergências em 50
países. O problema deve continuar esse ano.
4
– Tornar os cuidados de saúde mais justos
Os
cidadãos dos países mais ricos tem uma expetativa média de vida 18 anos mais
alta do que as pessoas dos países mais pobres. A OMS afirma que uma
das melhores formas de combater a desigualdade é através dos cuidados
primários e está pedindo que os países invistam 1% do seu Produto Interno
Bruto, PIB, nesta área.
5
– Melhorar acesso a medicamentos
Cerca
de um terço das pessoas em todo o mundo têm falta de acesso a medicamentos,
vacinas, ferramentas de diagnóstico e outros produtos de
saúde essenciais. Em 2020, a OMS vai focar seu trabalho em
combater remédios falsificados, controlar a qualidade dos
medicamentos e, por fim, para melhorar o diagnóstico e tratar doenças
crônicas.
6
– Combater doenças infecciosas
A
OMS estima que infeções como HIV, tuberculose, hepatite, malária e
outras serão responsáveis pela morte de 4 milhões de pessoas em 2020.
A agência diz que existe “uma necessidade urgente de maior vontade
política” para melhorar os serviços de imunização e combater os efeitos da
resistência a antibióticos e outras drogas.
7
– Preparação contra epidemias
A agência
da ONU afirma que o mundo gasta mais recursos na resposta a surtos de
doenças do que na sua prevenção. A agência diz que novos casos são
inevitáveis e que, por isso,
os países devem investir em serviços para manter
as suas populações seguras.
8
– Proteção de produtos perigosos
Cerca de
um terço de todas as doenças são causadas por falta de
comida, alimentos pouco seguros ou dietas pouco
saudáveis. A OMS atua com os Estados-membros para criar
novas políticas e definir investimentos nessa área. Um dos
objetivos é limitar o consumo de gorduras trans até 2023.
9
– Investir nos funcionários de saúde
Falta
de investimento dito a falta de funcionários de saúde em todo o
mundo. Até 2030, serão necessários mais 18 milhões de trabalhadores
nesta área em países de rendas média e baixa, incluindo 9
milhões de enfermeiros e parteiras. Para chamar a atenção para o problema, a
agência designou 2020 como o Ano Internacional dos Enfermeiros e
Parteiras.
10
– Manter os adolescentes seguros
Mais
de 1 milhão de adolescentes entre os 10 e os 19 anos morre todos os anos. As
principais causas são acidentes de viação, HIV, suicídio, doenças respiratórias
e violência. Em 2020, a OMS irá publicar novas diretrizes para
políticos, funcionários de saúde e professores para melhorar a saúde
mental desta população e prevenir o uso de drogas, do álcool e
melhorar a informação sobre temas como HIV.
11
– Ganhar a confiança das pessoas
Segundo
a OMS, a saúde pública é ameaçada por informação falsa nas redes
sociais e pela falta de confiança nas instituições públicas. O
movimento anti-vacinas, por exemplo, contribuiu para o aumento do número
de mortes em doenças que podem ser prevenidas. A agência
está trabalha com o Facebook, o Pinterest e outras redes
sociais para garantir que as pessoas têm acesso a informação de
qualidade.
12
– Uso de novas tecnologias
Novas
tecnologias estão mudando a forma como se previne, diagnostica e trata muitas
doenças. Segundo a OMS, “manipulação genética, biologia sintética e
tecnologias digitais como inteligência artificial podem resolver muitos
problemas, mas também levantam questões e desafios sobre monitoramento e
regulação.”
13
– Proteção de medicamentos
Para
a agência da ONU, “o desenvolvimento de resistência antimicrobiana ameaça
atrasar a saúde moderna em várias décadas, para
uma época antes do desenvolvimento de antibiótico.” Por
isso, a OMS trabalha com autoridades nacionais e internacionais para
resolver as causas do problema e, ao mesmo tempo, pedindo mais investigação de
novos antibióticos.
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