COLÉGIOS Colégios privados: "A escola do Estado sai-nos cara"
COLÉGIOS
Colégios privados: "A escola do Estado sai-nos cara"
30 Mai 2016 Filipe Alves com Lusa
Milhares de pessoas
manifestaram-seno dia 30/05) em frente da Assembleia da República, em Lisboa,
contra os cortes nos financiamentos dos colégios privados. Fenprof responde aos
colégios privados com manifestação marcada para 18 de Junho, em "defesa da
- pública".
“A escola do Estado sai-nos cara” ou “onde não há escolha não há liberdade”, eram algumas das frases que podem ler-se nos cartazes exibidos pelos manifestantes que participaram no protesto convocado pelo Movimento em Defesa da Escola Ponto, que estimava o número de participantes em cerca de 40 mil. A maioria dos manifestantes estava vestida de amarelo, a cor escolhida pelo movimento em defesa dos colégios privados e cooperativos. Quase todas as pessoas tinham um cravo amarelo na mão, ao mesmo tempo que gritavam palavras de ordem, tocando buzinas e bombos, numa acção de protesto bastante ruidosa. Deputados, autarcas e dirigentes das distritais dos dois maiores partidos de direita juntaram-se à manifestação dos colégios contra os cortes nos contratos de associação.
“A escola do Estado sai-nos cara” ou “onde não há escolha não há liberdade”, eram algumas das frases que podem ler-se nos cartazes exibidos pelos manifestantes que participaram no protesto convocado pelo Movimento em Defesa da Escola Ponto, que estimava o número de participantes em cerca de 40 mil. A maioria dos manifestantes estava vestida de amarelo, a cor escolhida pelo movimento em defesa dos colégios privados e cooperativos. Quase todas as pessoas tinham um cravo amarelo na mão, ao mesmo tempo que gritavam palavras de ordem, tocando buzinas e bombos, numa acção de protesto bastante ruidosa. Deputados, autarcas e dirigentes das distritais dos dois maiores partidos de direita juntaram-se à manifestação dos colégios contra os cortes nos contratos de associação.
Por outro lado, a Conferência Episcopal Portuguesa divulgou
um comunicado onde manifesta o seu apoio à manifestação. "Queremos
manifestar o nosso apoio a esta e a outras iniciativas que, com ordem e
civismo, defendam a liberdade dos pais escolherem a escola e projectos
educativos que desejam oferecer aos seus filhos", referia o comunicado dos
bispos católicos. Recorde-se que uma grande parte dos colégios afectados pelos
cortes são instituições católicas.
Desde que o Governo anunciou que pretende reduzir já a
partir do próximo ano lectivo o número de turmas financiadas pelo Estado nos
colégios através dos contratos de associação que o movimento que representa as
escolas privadas tem contestado a decisão.
‘Abraços’ às escolas em forma de cordão humano,
largadas de balões, vigílias, protestos frente aos colégios, protestos em
eventos públicos dos membros do Governo, milhares de cartas escritas e
entregues ao ministro da Educação, primeiro-ministro e Presidente da República
e alunos, professores e funcionários das escolas vestidos de amarelo a cada
quarta-feira são alguns exemplos de acções desencadeadas pelo movimento ao
longo do último mês.
Na discussão que se foi fazendo em público sobre a
redução dos contratos de associação, houve sempre uma guerra de palavras, com
dois discursos bem vincados, e opostos: os colégios dizem ser parte integrante
da rede pública de ensino, o Governo diz que são estabelecimentos privados; os
colégios defendem que está em causa o fim da liberdade de escolha, o Governo
diz que os pais continuam a ser livres de matricular os filhos na escola que
elegerem.
Batalha é também jurídica
Há também a batalha jurídica e tem sido a secretária
de Estado Adjunta e da Educação, Alexandra Leitão, a defender a posição do
Ministério da Educação. Formada em Direito e especialista em contratos
administrativos, a governante defende desde o início a legitimidade do Governo
para rever a cada início de ano lectivo o número de turmas de início de ciclo –
5.º, 7.º e 10.º anos de escolaridade – a financiar pelo Estado nos colégios
privados.
Para os colégios esta posição viola o estipulado nos
contratos plurianuais assinados ainda no mandato do ex-ministro Nuno Crato,
para vigorar entre 2015-2016 e 2017-2018, e nos quais, defendem os privados,
está definida a abertura de um número de turmas em início de ciclo a cada ano
lectivo de vigência do acordo.
Essa leitura dos contratos tem levado à interposição
de providências cautelares nos tribunais. E na quinta-feira entregaram ao
Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, um trunfo em defesa da sua
posição: um parecer do constitucionalista Vieira de Andrade, também
especialista em direito administrativo, no qual defende a ilegalidade da
decisão do Governo.
Por seu lado, o Ministério da Educação divulgou uma
análise da rede escolar privada, na qual aponta para cada colégio as escolas
públicas que podem servir de alternativa e acolher alunos abrangidos por esses
contratos. Com base nesse estudo, a tutela determinou uma redução de
turmas de início de ciclo para o próximo ano lectivo de 57%: de 656 em
2015-2016 para 273 em 2016-2017, o que representa uma poupança de quase 31
milhões de euros para o Estado.
A Associação de Estabelecimentos de Ensino Particular
e Cooperativo (AEEP), que no início da polémica veio a público afirmar que a
decisão do Governo representaria “o descalabro do sector”, com milhares de
professores e funcionários despedidos, e colégios a encerrar, também já
comentou o estudo da tutela, dizendo que “não fundamenta a brutalidade dos
cortes”.
Os colégios defendem que está em causa o fim da
liberdade de escolha, o Governo diz que os pais continuam a ser livres de
matricular os filhos na escola que elegerem. Os pais continuam ser livres na
escolha da Escola privada, mas o Overno comete uma injustiça não pagando, pois
os pais també pagam para as Escolas
públicas.
Vieira de Andrade, constitucionalista e também
especialista em direito administrativo, defende a ilegalidade da decisão do
Governo. E rema o Governo a trote do PCP e do BE para uma escola “monopólio” de
cariz comunista de educação monolítica e ateia, que é o que pretendem. Mas o
povo vai acordar.
Comentários
Enviar um comentário