VATICANO ÁGUA Papa associa-se a celebração do Dia Mundial da Água
VATICANO
ÁGUA Papa associa-se a celebração do
Dia Mundial da Água
Francisco pede respeito por
bem que «é de todos»
“Precisamente
hoje, celebra-se o Dia Mundial da Água, instituída há 25 anos pelas Nações
Unidas, enquanto ontem decorria o Dia Mundial das Florestas”, recordou.
Francisco falava
durante a audiência pública semanal, na Praça de São Pedro, tendo saudado os
participantes num congresso sobre a gestão de recursos hídricos, que decorre
por iniciativa do Conselho Pontifício da Cultura (Santa Sé) e do Capítulo
Argentino do Club de Roma.
O Papa saudou
este encontro de várias instituições para “sensibilizar para a necessidade de
tutelar a água como bem de todos”, valorizando os seus significados “culturais
e religiosos”.
A 24 de
fevereiro, o Papa Francisco alertou no Vaticano para a possibilidade de uma
“guerra mundial” por causa dos recursos hídricos e disse que a água é um
direito “vital” de cada pessoa.
“Pergunto-me se
nesta terceira guerra aos bocados estaremos a caminho da grande guerra mundial
pela água”, assinalou, num encontro dedicado ao ‘direito humano à água’, na
Academia Pontifícia das Ciências (Santa Sé).
Francisco
recordou dados da ONU que não deviam deixar ninguém “indiferente”: “Mil
crianças morrem todos os dias - mil, todos os dias - por causa de doenças
ligadas à água, milhões de pessoas consomem água contaminada”.
A encíclica
ecológica ‘Laudato Si’, de 2015, dedica um ponto específico à “questão da
água”, no qual o Papa recorda que “a pobreza da água pública” se verifica
especialmente na África, onde “grandes sectores da população não têm acesso a
água potável segura”.
“Um problema
particularmente sério é o da qualidade da água disponível para os pobres, que
diariamente ceifa muitas vidas”, alertava Francisco.
A encíclica
manifestava a oposição da Igreja à “tendência para se privatizar” a gestão da
água, como se esta fosse uma “mercadoria sujeita às leis do mercado”.
“Na realidade, o
acesso à água potável e segura é um direito humano essencial, fundamental e
universal, porque determina a sobrevivência das pessoas e, portanto, é condição
para o exercício dos outros direitos humanos”, escreve.
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