VATICANO ONU: Papa apela à eliminação das armas nucleares, um «imperativo moral»
VATICANO
ONU: Papa apela à eliminação das armas nucleares, um «imperativo
moral»
28 de Março de 2017, às 11:26
Mensagem a conferência das
Nações Unidas alerta para «consequências catastróficas» de eventual ataque
O Papa Francisco apelou à “eliminação” das armas nucleares
numa mensagem divulgada hoje pelo Vaticano, a respeito da conferência sobre o
tema promovida pela ONU.
“O objetivo final da
eliminação das armas nucleares torna-se tanto um desafio como um imperativo
moral e humanitário”, escreve.
A finalidade da Conferência
que decorre até sexta-feira, na sede das Nações Unidas, em Nova Iorque, é
negociar um instrumento juridicamente vinculante sobre a “proibição das armas
nucleares”, que conduza à sua total eliminação.
O Papa evoca as “preocupações”
ligadas a um eventual uso deste armamento por terroristas, no atual contexto de
multiplicação de ameaças à segurança mundial.
“Estas preocupações são ainda
maiores quando levamos em consideração as catastróficas consequências humanas e
ambientais que adviriam de qualquer uso de armas nucleares, com efeitos
devastadores, indiscriminados e incontroláveis”, adverte.
A Santa Sé está representada
na conferência da ONU pelo subsecretário das Relações com os Estados, monsenhor
Antoine Camilleri, que leu a mensagem do Papa Francisco.
“A paz e a estabilidade
internacionais não podem ser fundadas sobre um falso sentido de segurança,
sobre a ameaça de uma destruição recíproca ou de total aniquilamento, sobre a
simples manutenção de um equilíbrio de poder”, defende o pontífice.
Francisco entende que é
necessário ir além da proibição das armas nucleares, adotando estratégias de longo
prazo para promover a paz e a estabilidade, que ultrapassem o medo e o
isolacionismo.
“A humanidade tem a capacidade
de trabalhar junta para construir a nossa casa comum; temos a liberdade, a
inteligência e a capacidade de guiar e dirigir a tecnologia, assim como a de
limitar o nosso poder e de colocá-lo a serviço de outro tipo de progresso: mais
humano, mais social e mais integral”, assinala.
O Papa deixa votos de que a
conferência da ONU dê um contributo eficaz no avanço da ética da paz e da
segurança cooperativa multicultural, “de que a humanidade tanto necessita”.
OC
Comentários
Enviar um comentário