UNIÃO EUROPEIA Bruxelas diz que setor bancário português “continua frágil” apesar de algumas melhorias
UNIÃO EUROPEIA
Bruxelas diz
que setor bancário português “continua frágil” apesar de algumas melhorias
No relatório
após a quinta avaliação pós-programa, a Comissão Europeia assinala melhorias na
banca portuguesa, mas pede um calendário para resolver o problema do crédito
mal parado. Em relação à economia, prevê um crescimento de 1,6% este ano
Bruxelas
assinala a fragilidade da banca portuguesa apesar das melhorias no setor, no
relatório sobre o balanço da quinta vista pós-programa da Troika a Portugal,
que decorreu entre 29 de novembro e 7 de dezembro de 2016, lançado hoje.
“Apesar
de alguns desenvolvimentos positivos, o setor bancário português
continua frágil, com baixa rentabilidade, almofadas de capital apenas
ligeiras e níveis elevados de crédito mal parado” , adverte a Comissão
Europeia, salientando a necessidade de mais esforços para reduzir a
“vulnerabilidade do setor”.
Adianta
que as soluções para reduzir o stock de crédito mal parada, em estejam no
caminho certo, carecem de “uma abordagem completa e forte que beneficiaria de
uma calendário de metas de ação”. A Comissão explica que alguns dos principais
bancos portugueses estão a passar por importantes processo de recapitalização
ou a a atrair novos acionistas que poderão ajudar a reforçar a base de capital.
Em
relação à economia portuguesa, a Comissão Europeia assinala o aceleramento
do crescimento no final de 2016. “A recuperação da economia mostrou-se mais lenta que o esperado no
início de 2016 mas acelerou na segunda metade do ano e deve continuar em 2017”,
impulsionada pelo aumento das exportações.
Bruxelas
indica que o consumo privado tem-se mostrado o principal motor do crescimento
interno, enquanto o crescimento do investimento continua moderado. A Comissão
estima, assim, que o crescimento do PIB se situe entre 1,6% em 2017 e 1,5% em
2018.
Relativamente
ao défice, a Comissão estima uma redução do défice orçamental para 2% do PIB em
2017. No entanto, alerta que o processo de recapitalização da Caixa
Geral de Depósitos (CGD) pode ter impacto nas contas públicas portuguesas:
“Dependendo do entendimento do INE e do Eurostat, a operação pode ter
implicações no resultado orçamental de 2017”.
A
Comissão aponta que “Portugal fez progressos limitados na correcção dos
desequilíbrios macroeconómicos e das reformas estruturais” recomendadas
específicas por país, nomeadamente “no sentido de garantir a sustentabilidade
das finanças públicas; garantir que o salário mínimo é consistentem com os
objectivos de promover o emprego e a competitividade em todos os sectores”.
A
próxima avaliação do pós-programa em Portugal será em junho.
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