TIMOR-LESTE Timor-Leste: católicos comprometidos com ecumenismo e educação Cardeal Parolin durante ratificação do acordo entre Santa Sé e Timor-Leste. “Há grande esperança para o futuro da evangelização em Timor-Leste, mas é cada vez mais necessário reforçar a fé de nossa comunidade.” Foi o que disse o Bispo da Diocese de Dili, Dom Virgílio do Carmo da Silva. Em agosto de 2015, a Santa Sé e a República Democrática de Timor-Leste assinaram, em Dili, um acordo que sanciona o reconhecimento da personalidade jurídica da Igreja e suas instituições e assegura à Igreja a liberdade de desempenhar a própria missão em favor da população timorense. Em 2016, este acordo foi ratificado, no Vaticano. Conversando com a Agência Fides sobre a situação da Igreja Católica em Timor-Leste, que tem um papel muito importante na formação das consciências dos cidadãos timorenses, o bispo salesiano disse: “A fé dos baptizados precisa constantemente de ser reforçada e arraigada na espiritualidade católica e na tradição segundo os valores do Evangelho”. Num Estado marcado por uma alta percentagem de jovens (75% da população possui menos de 30 anos e quase metade é formada por crianças), sacerdotes, religiosos e catequistas são chamados a fazer esforços a fim de acompanhar a formação dos fiéis e levar adiante os programas pastorais que ajudam a reforçar a fé das pessoas”, disse Dom Virgílio. Em algumas ocasiões e situações da vida, os católicos timorenses têm a tendência de voltar aos seus sistemas antigos de crenças animistas: “Por isso, a Igreja está comprometida em trabalhar com eles e por eles a fim de que aprendam a buscar sempre o património da fé católica e se dirigir a Deus em cada circunstância”, prosseguiu. Outro ponto com o qual a comunidade católica se confronta é a presença muito activa de Igrejas pentecostais com as quais às vezes se fala de “competição de fiéis”: “Estamos iniciando um percurso de diálogo com outras Igrejas cristãs na esteira do respeito mútuo e do ecumenismo, para evitar a passagem dos baptizados de uma comunidade a outra”. Dentre as necessidades presentes na jovem sociedade timorense, está o desenvolvimento do sector educacional. Por isso, a comunidade católica, especialmente através do compromisso de ordens religiosas como os Salesianos e Jesuítas, oferece sua contribuição e colabora com as instituições no sistema educacional que, a partir de 2002, deveria ser reconstruído completa mente e permanece relevante na construção da identidade nacional da jovem república. RV
TIMOR-LESTE
Cardeal Parolin durante
ratificação do acordo entre Santa Sé e Timor-Leste.
"Há grande esperança para o
futuro da evangelização em Timor-Leste, mas é cada vez mais necessário reforçar
a fé de nossa comunidade.” Foi o que disse o Bispo da Diocese de Dili,
Dom Virgílio do Carmo da Silva.
Em agosto de 2015, a Santa Sé
e a República Democrática de Timor-Leste assinaram, em Dili, um acordo
que sanciona o reconhecimento da personalidade jurídica da Igreja e suas
instituições e assegura à Igreja a liberdade de desempenhar a própria missão em
favor da população timorense. Em 2016, este acordo foi ratificado, no Vaticano.
Conversando com a Agência Fides
sobre a situação da Igreja Católica em Timor-Leste, que tem um papel muito
importante na formação das consciências dos cidadãos timorenses, o bispo
salesiano disse: “A fé dos baptizados precisa constantemente de ser reforçada e
arraigada na espiritualidade católica e na tradição segundo os valores do
Evangelho”.
Num Estado marcado por uma alta
percentagem de jovens (75% da população possui menos de 30 anos e quase metade
é formada por crianças), sacerdotes, religiosos e catequistas são chamados a
fazer esforços a fim de acompanhar a formação dos fiéis e levar adiante os
programas pastorais que ajudam a reforçar a fé das pessoas”, disse Dom
Virgílio.
Em algumas ocasiões e situações
da vida, os católicos timorenses têm a tendência de voltar aos seus sistemas
antigos de crenças animistas: “Por isso, a Igreja está comprometida em
trabalhar com eles e por eles a fim de que aprendam a buscar sempre o património
da fé católica e se dirigir a Deus em cada circunstância”, prosseguiu.
Outro ponto com o qual a
comunidade católica se confronta é a presença muito activa de Igrejas
pentecostais com as quais às vezes se fala de “competição de fiéis”: “Estamos
iniciando um percurso de diálogo com outras Igrejas cristãs na esteira do
respeito mútuo e do ecumenismo, para evitar a passagem dos baptizados de uma
comunidade a outra”.
Dentre as necessidades
presentes na jovem sociedade timorense, está o desenvolvimento do sector
educacional. Por isso, a comunidade católica, especialmente através do
compromisso de ordens religiosas como os Salesianos e Jesuítas, oferece sua
contribuição e colabora com as instituições no sistema educacional que, a
partir de 2002, deveria ser reconstruído completa mente e permanece relevante
na construção da identidade nacional da jovem república. RV
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