PORTUGAL PARLAMENTO: "Não sei se Costa quer imitar Sócrates, mas esta cópia não é boa"
PORTUGAL
PARLAMENTO:
"Não sei se Costa quer imitar Sócrates, mas esta cópia não é boa"
O aceso debate no Parlamento entre António Costa e Pedro Passos Coelho foi,
este domingo, alvo de crítica por parte de Luís Marques Mendes.
© Global Imagens MARQUES MENDES
12.03.2017 POR PATRÍCIA MARTINS CARVALHO
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No seu espaço de comentário no ‘Jornal da Noite’ da SIC, Luís Marques
Mendes disse que o que se passa no Parlamento “não reflete o que está a
acontecer no país”, pois, ao contrário da crispação existente entre Governo e
oposição, o “país não está crispado”.
“Este debate foi péssimo. Teve agressividade a mais, uma troca de acusações
sem sentido e quase houve insultos”, disse o comentador, garantindo que “nesta
guerra nenhum deles [Costa ou Passos] sai bem”.
No que diz respeito a António Costa, Marques Mendes considera que “não sai
bem porque ao longo dos dias tem uma imagem de Estado e depois chega ao
Parlamento e faz de oposição à oposição”.
“Costa provoca, irrita, ataca, tira Passos Coelho do sério. Não sei se está
a querer imitar José Sócrates, mas esta cópia não é boa”, atira.
Relativamente a Passos, Marques Mendes também não é meigo. “Costa lança a
casca de banana e Passos cai na esparrela. E sai a perder porque nestas
discussões fala-se mais do governo anterior do que do atual. [Passos] só perde
votos com isto”.
Face ao exposto, o comentador que já foi líder do PSD deixa um conselho aos
dois inimigos políticos: “Baixem os decibéis”.
E, nesta senda, Marques Mendes referiu os resultados das sondagens que dão
entre 26 a 28% das intenções de voto para o PSD, que fica longe do PS que
arrecada, junto dos eleitores, mais 10 pontos percentuais.
“É dos piores resultados de sempre do PSD. Isto tem vindo a ser
consistente, é motivo de preocupação”, considera, aconselhando o seu partido a
“parar para pensar e mudar algumas coisas”.
Questionado pelo jornalista da SIC se uma das coisas que deveria mudar era
o líder social-democrata, Marques Mendes escusa-se à resposta, dizendo apenas
que só no próximo ano haverá eleições internas para se resolver essa questão.
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