AMAZÓNIA América Latina, indígenas, mulheres e escravos
AMAZÓNIA
América Latina, indígenas, mulheres e escravos *
O Papa Francisco, sempre ao lado dos pobres,
denunciou "as novas formas de exploração": "Estejamos atentos à
precarização do trabalho, que destrói vidas e lares, aos que se aproveitam da
irregularidade de muitos migrantes porque não conhecem a língua ou não têm os
papéis regularizados." Insiste sempre nos três "T": tecto,
terra, trabalho. "Que a nossa solidariedade e o nosso compromisso com a
justiça sejam parte do baile ou da canção que hoje pudermos cantar ao nosso
Senhor Jesus." Nunca esquece o cancro da corrupção, "um vírus social,
um fenómeno que infecta tudo, sendo os pobres e a mãe Terra os mais
prejudicados".
Ergueu a voz contra o
"feminicídio". "Não se pode praticar como "natural" a
violência contra as mulheres." A visita às mulheres presas numa cadeia foi
dos momentos mais emocionantes da visita. "Não podemos pensar numa cadeia
sem a dimensão da reinserção. Se não houver esta esperança da reinserção, a
cadeia é uma tortura infinita."
Contra a "cultura do
descarte" e a "globalização da indiferença", clamou pela luta contra
o tráfico de pessoas e "a escravatura. Escravatura para o trabalho,
escravatura sexual, escravatura para o lucro". E combate "os falsos
deuses, os ídolos da avareza, do dinheiro, do poder que tudo corrompem".
No encontro com povos da
Amazónia - já convocou um sínodo especial para a Amazónia em 2019 -, denunciou
a degradação da natureza, a exploração e os novos colonialismos dos povos
indígenas, exigindo o respeito e a defesa pelas suas culturas e uma ecologia
integral. Os indígenas são "memória viva da missão que Deus encomendou a
todos: cuidar da Casa Comum". "É preciso que os povos originários
moldem culturalmente as Igrejas locais amazónicas", para se formar
"uma Igreja com rosto amazónico e uma Igreja com rosto indígena." * Anselmo Borges in DN
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