COLÔMBIA Indígenas e camponeses obrigados a fugir

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Indígenas e camponeses obrigados a fugir 
Texto F.P. | Foto Lusa | 21/02/2018 | 07:02

Aumento de deslocamentos forçados e homicídios nas comunidades indígenas do Cauca, na Colômbia, estão a preocupar as agências da ONU ligadas aos refugiados e aos direitos humanos

O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) e a delegação do Alto Comissariado para os Direitos Humanos na Colômbia manifestaram esta semana a sua preocupação perante o aumento do deslocamento forçado de indígenas e camponeses e dos abusos dos seus direitos fundamentais, cometidos na região do baixo Cauca, no departamento de Antioquia. 
«Estamos a assistir a violações de direitos humanos, tais como ameaças e atentados contra a vida e integridade de pessoas civis, violações relacionadas com os direitos económicos, sociais e culturais, e afetações a princípios e práticas ancestrais do povo indígena senú no seu território», expressaram os responsáveis das agências da ONU. 
Desde meados de janeiro, segundo dados oficiais, pelo menos 822 pessoas (entre elas 361 crianças e adolescentes) foram deslocadas à força em várias veredas, enquanto o número de homicídios aumentou 255 por cento, em comparação com igual período do ano passado. 
Este aumento da violência na região deve-se em particular à luta pelo controlo dos negócios ilícitos e a toda a cadeia de narcotráfico. Grupos armados ilegais estarão em disputa com o Exército de Libertação Nacional (ELN) e com dissidentes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) pelo domínio das atividades ilegais. Fátima Missionaria 21

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