POEMA RUANDA Viagem II por Teófilo Minga
RUANDA
Noite na pensão presbiteriana,
Nesta cidade à beira lago…
Nesta cidade à beira lago…
Cruzas um país que o coração
ama,
No qual a palavra de Deus
propago,
Num encontro simples, com os
Irmãos.
Em solidariedade nos damos as
mãos. (1)
Voltas e mais volts entre
colinas,
Sempre com o coração atento.
Beleza, para além do que
imaginas!
País sofrido, mas que
portento!
É tempo agora de saborosa
ceia,
Cozinha local, ali, de mão
cheia! (2)
Terminou o encontro. Agora o
futuro
Que seja cada vez mais
sustentável.
Esta a razão: mostrar um sonho
maduro
Que é possível, não apenas
imaginável!
O que aprendemos ao longo da
semana
É comentado agora, à luz
meridiana
Destas águas, entrecortadas de
ilhas.
E sempre a exclamação: “Que beleza!”.
Valeram bem a pena, tantas
milhas
Neste canto ruandês, natural
riqueza,
Que Deus colocou ante a nossa
vista.
Aqui não há admiração que
resista! (3)
No meu peito, surge ação de
graças,
Por esta semana de tantos
frutos.
Haja transparência, por onde
passas:
Regra de ouro para evitar
tantos sustos,
Em alguma ruinosa ou má
administração.
Tanto esforço; é para uma
melhor missão!
Teófilo
Kigali, 13 de fevereiro de
2018
Referimo-nos à cidade de
Karongi. Já o curso ou seminário terminado, sobre sustentabilidade, deixámos a
cidade de Rubavu e viajamos em direção a sul, até à cidade de Karongi onde
pernoitamos numa pensão-hotel da Igreja presbiteriana. E estava bem claro em
nossas mentes que todo o esforço para ter uma melhor administração é sempre em
função da missão. Uma missão que tem no centro também a proclamação da Palavra
de Deus, através da catequese.
Basta uma breve estada para
aprender a amar este país. Admiramos a sua beleza, ao longo da viagem. Beleza
natural que Deus colocou ali; outra, fruto do esforço humano. Um esfoço que
completa a beleza dada por Deus, para melhor servir as populações do país
(melhores estradas, melhores escolas…). Ao falar d país sofrido, penamos
naturalmente no terrível genocídio de 1994. Quanto a nós também nos íamos
inculturando, comendo os pratos e bebendo as bebidas do país.
Era natural que muitos dos
comentários de viagem e tomando a “refeição local” frente ao lago fossem sobre
a semana que tinha terminado. A semana tinha girado à volta do tema da
SUSTENTABILIDADE. Em termos práticos, ter uma melhor administração das obras da
Provincial. Não como um fim em si, o que já seria muito bom, mas para ter ou
conseguir uma melhor missão.
Transparência foi uma das
palavras-chave do encontro. Sem transparência torna-se muito difícil, se não
impossível, ter uma boa administração. Juntamente com a transparência na
administração, também se trabalhou durante toda a semana a concreção de um
plano estratégico de ação para um melhor governo da província. Com uma melhor
administração, com um bom plano estratégico e com um melhor governo da província,
certamente chegar-se-á a uma melhor missão. Ter uma melhor missão é o fim
último de todo o trabalho sobre a SUSTENTABILIDADE, posto em marcha para
algumas provincia da África marista e da Ásia marista., levado a efeito por um
extraordinário e competente grupo de Irmãos e Leigos maristas da Universidade
Pontifícia de Curitiba, Paraná, Brasil.
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