ANGOLA Dez milhões de crianças voltaram às aulas com 70 mil professores a menos
ANGOLA
Dez milhões de crianças
voltaram às aulas com 70 mil professores a menos
A cerimónia oficial do arranque
do ano escolar em Angola, no dia 1 de fevereiro, contou com a participação do
novo presidente da República, João Lourenço, e decorreu em Moçâmedes, capital
da província do Namibe, no extremo sul. Apesar da alegria de muitos, o novo ano
escolar fica marcado pela necessidade de mais 70 mil professores, tendo em
conta o contínuo aumento do número de alunos matriculados no ensino geral.
Atualmente estão ao serviço 245 mil professores para praticamente 10 milhões de
estudantes em Angola, estimando-se que, só na província de Luanda, mais de 100
mil crianças vão ficar sem aulas em 2018, por falta de vaga. Perante este
problema, o presidente do Sindicato Nacional dos Professores de Angola
(Sinprof), Guilherme Silva explicou que “o número de alunos que termina o ciclo
primário não encontra vaga no ensino secundário, quer os que entram para a 7.ª
classe, bem como os que entram para a 10.ª classe, segundo ciclo”, criticou
Guilherme Silva, que acrescentou “para resolver este problema há que construir
mais salas de aula, desafogar também o excesso de alunos por salas, porque há
escolas em que temos salas com 70 alunos e desta maneira estaremos longe da qualidade
de ensino que se pretende”, observou o responsável educativo. O ano letivo de
2018 iniciado a 1 de fevereiro estende-se até 15 de dezembro, no ensino geral
em Angola. TSF
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