MOÇAMBIQUE Encerramento da lixeira de Hulene que desabou custa 89,3 milhões
MOÇAMBIQUE
Encerramento da lixeira de
Hulene que desabou custa 89,3 milhões
ANTÓNIO SILVA/LUSA |
O acidente de segunda-feira matou 16 pessoas e feriu várias, cinco das
quais ainda se encontram internadas
O ministro da Terra, Ambiente e Desenvolvimento Rural moçambicano estimou
hoje em 110 milhões de dólares (89,3 milhões de euros) o custo para o encerramento
da lixeira de Hulene, onde na segunda-feira morreram 16 pessoas vítima de um
desabamento de terras.
Em declarações à comunicação social em Maputo, Celso Correia afirmou que o
encerramento da lixeira de Hulene, a principal de Maputo, levará no mínimo
cinco anos e vai seguir várias etapas.
"É necessário um investimento para o encerramento da lixeira, até que
a mesma esteja segura para o desenvolvimento de outras atividades",
declarou Correia.
A extinção daquele depósito de lixo, prosseguiu, requer um investimento
tecnológico de modo a que os resíduos sólidos não sejam mais um problema.
A verba necessária inclui os custos inerentes à retirada de 550 famílias
das imediações da lixeira, para novos terrenos na província de Maputo.
"Não basta retirar as famílias, para que se considere encerrada a
lixeira, há todo um trabalho necessário para que o local se torne apto para
novas atividades", declarou.
O ministro da Terra, Ambiente e Desenvolvimento Rural adiantou que estão em
curso trabalhos para que um novo aterro substitua a lixeira de Hulene, no
município da Matola, província de Maputo.
"A previsão é de que, até ao primeiro semestre de 2019, o aterro
receba as primeiras quantidades de lixo", afirmou Celso Correia.
O presidente do município da Matola, Calisto Cossa, disse à imprensa que a
construção do novo aterro vai custar 40 milhões de dólares (32,5 milhões de
euros).
Construído ainda no tempo colonial, quando a cidade de Maputo ainda não
registava os atuais níveis de expansão urbana, a lixeira de Hulene está lotada
há mais de dez anos e viu o número de residências vizinhas a aumentarem,
tornando-se numa autêntica ilha de lixo no meio de casas.
O desabamento de uma montanha de lixo na segunda-feira de madrugada matou
16 pessoas e feriu várias, cinco das quais ainda se encontram interna
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