EUROPA/ livre e unida


EUROPA/ livre e unida
Bispos da União Europeia evocam aniversário da queda do Muro de Berlim
Nov 9, 2019 - 10:41
Responsáveis católicos apelam a uma Europa «livre e unida»

A Comissão dos Episcopados da União Europeia (COMECE) assinalou com uma declaração o 30.º aniversário da queda do Muro de Berlim, convidando os cidadãos dos vários países a “trabalhar juntos por uma Europa livre e unida”.
“Foi um momento cheio de emoção. Depois de terem sido separados por um muro de cimento durante mais de vinte e oito anos, os habitantes de Berlim – parentes, amigos e vizinhos – que viviam na mesma cidade, puderam encontrar-se, festejar e expressar a sua alegria e esperança. A partir daquele momento, o mundo mudou”, refere o documento que evoca o dia 9 de novembro de 1989 como “um dos acontecimentos mais importantes da história europeia nas últimas décadas”.
Enquanto cristãos e cidadãos europeus, convidamos todos os europeus a trabalhar juntos por uma Europa livre e unida, através de um processo renovado de diálogo que transcenda as mentalidades e as culturas, respeitando as nossas diferentes experiências históricas e partilhando as nossas esperanças e expectativas para um futuro comum de paz”.
O Muro de Berlim ergueu-se durante 28 anos, de 13 de agosto de 1961 a 9 de novembro de 1989, dividindo a cidade alemã como símbolo da separação entre as antigas RFA (República Federal da Alemanha) e RDA (República Democrática da Alemanha, com regime comunista) e da “divisão ideológica da Europa e do mundo inteiro”.
“As mudanças ocorridas na Hungria no início de 1989, a queda da cortina de ferro em abril e as primeiras eleições livres na Polónia, em junho, culminaram na queda do Muro de Berlim, um acontecimento que abriu caminho para a recuperação da liberdade, após mais de 40 anos de regimes opressivos nos países da Europa central e oriental”, indica a COMECE.
Os bispos católicos da União Europeia prestam o seu tributo a todos os que “expressaram de forma constante e pacífica o seu profundo desejo de mudança política”.
“É inegável que as ideologias, que foram a base da construção do muro, não desapareceram completamente na Europa e estão ainda hoje presentes, ainda que de formas diferentes”, advertem, recordando o papel do Papa São João Paulo II na reunificação europeia.

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