SUDÃO SUL / Papa visita (antes)
SUDÃO SUL / Papa visita (antes)
Papa anuncia viagem ao Sudão
do Sul (notícia corrigida)
Nov 10, 2019 - 11:26
Francisco
apela à estabilidade política e ao fim dos conflitos no mais jovem país de
África
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O Papa revelou hoje a sua intenção de visitar o Sudão do Sul, a braços
com uma crise política e alimentar, após ter-se encontrado em abril com os
líderes do mais jovem país africano, no Vaticano.
“Dirijo um
pensamento especial ao querido povo do Sudão do Sul, que deverei visitar este
ano. Com a memória ainda viva do retiro espiritual para as autoridades do país,
realizado no Vaticano em abril passado, desejo renovar o meu convite a todos os
atores do processo político nacional para que procurem o que une e superem o
que divide, em espírito de verdadeira fraternidade”, declarou, desde a janela
do apartamento pontifício, no Vaticano.
O texto oficial
divulgado pela Santa Sé precisa que
o Papa se referia a 2020 e não a “este ano” (2019), como acabou por dizer.
Falando a
milhares de peregrinos reunidos na Praça de São Pedro, para a recitação do
ângelus, Francisco recordou que o “povo do Sudão do Sul sofreu muito nos
últimos anos e espera com grande esperança um futuro melhor, especialmente o
fim definitivo dos conflitos e a paz duradoura”.
Peço, portanto,
aos responsáveis que continuem sem parar no seu compromisso por um diálogo
inclusivo, na busca de consenso para o bem da nação. Também expresso a
esperança de que a comunidade internacional não deixe de acompanhar o Sudão do
Sul no caminho da reconciliação nacional. Convido todos a rezar juntos por este
país, pelo qual tenho um carinho especial”.
A 11 de abril,
na conclusão do retiro espiritual dos líderes políticos do Sudão do Sul,
realizado na Casa Santa Marta, no Vaticano, o Papa Francisco ajoelhou-se diante
deles lançando um apelo em favor do futuro do novo governo que deveria nascer
em 12 de maio, beijando os pés do presidente da República Salva Kiir Mayardit,
e dos vice-presidentes designados, entre os quais Riek Machar e Rebeca Nyandeng
De Mabior.
A formação do
novo governo de unidade nacional foi adiada várias vezes, sendo a atual data
limite o 12 de novembro; Salva Kiir aponta, no entanto, para formação de um
executivo sem a presença de Riek Machar.
Nos últimos
dias, o país tem sido afetado pelas cheias, que causaram mais de 50 mortes e
obrigaram milhares de pessoas a abandonar as suas casas; há cerca de 420 mil
pessoas deslocadas, segundo dados das Nações Unidas.
OC
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