Santo André Dung-Lac e companheiros
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Santo André Dung-Lac e companheiros
In BOA NOVA nov.2019 por BN
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A evangelização do Vietname
começou no século XVI, através de missionários que partiram da Europa,
pertencendo a várias congregações e ordens religiosas. A Igreja vietnamita
enfrentou nada menos que quatro séculos de perseguições terríveis e sangrentas.
Milhares de cristãos foram assassinados, martirizados e massacrados tanto em
regiões periféricas do país, como nas montanhas e nos campos e nas grandes
cidades. Bispos, padres, catequistas, pais e mães de família, jovens,
seminaristas, ninguém escapou da perseguição. De acordo com os relatos do
grande Martirológio
Romano-Monástico, todas as vítimas da perseguição vietnamita eram cristãos que
se tinham convertido no século XVI por missionários dominicanos.
Mesmo esses missionários, que introduziram o Evangelho no
Vietname, foram mortos sob a acusação de introduzirem uma religião estranha no
país. Entre os séculos XVII e XIX, no Vietname, mais de 130.000 cristãos
sofreram cruel martírio, muitos dos quais por decapitação ou
estrangulamento.
Em 24 deste mês recordamos 117 destes mártires, muitos dos
quais mortos durante os reinados dos imperadores Minh-Mang (1820-1840) e Tu-Duc
(1847-1883). Entre eles, incluem-se 11 dominicanos espanhóis, 10 missionários
das Missões Estrangeiras de Paris e 96 vietnamitas. Destes, 37 eram sacerdotes,
entre os quais S.to André Dung-Lac, um sacerdote vietnamita e dominicano que
foi mestre e exemplo para todos. Pároco e missionário em várias partes do
Vietname, foi preso várias vezes e libertado das prisões pelos fiéis, que
pagavam resgate e conseguiam a sua liberdade. Ele, porém, discordava desses
resgates e dizia: “Aqueles que morrem pela fé sobem ao céu. O contrário
acontece a nós que nos escondemos continuamente gastamos dinheiro para fugir
dos perseguidores. Seria melhor deixar-nos prender e morrer”. Por fim, morreu
decapitado, por ordem do governo local, no dia 24 de novembro de 1839, na
cidade de Hanói, hoje capital do Vietname Em 1988, o Papa João Paulo II
canonizou-o juntamente com os seus 116 companheiros.
BN
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