MARISTAS IRMÃOS MARISTAS por TEÓFILO MINGA

MARISTAS
IRMÃOS MARISTAS  por TEÓFILO MINGA

Entre outros documentos na perspectiva do bicentenário situa-se a última Carta do Superior Geral, Irmão Emili Turu, a todo o Instituto com o título: O Futuro tem um coração de tenda onde precisamente fala a todos os “Maristas de Champagnat” (Irmãos e Leigos Maristas) sobre a esperança e sobre o futuro, sem deixar de dar graças pelo passado de quase 200 anos de existência da Congregação.  Nela o Superior Geral fala de três dimensões importantes no momento actual na vida da Congregação: a emergência do Laicado Marista; os apelos da periferia; e a dimensão mística na vida de todo o marista.  É uma carta de Outubro de 2014. Precisamente um mês antes, em Setembro de 2014, tinha havido um acontecimento importante em Nairobi: a Segunda Assembleia Internacional da Missão Marista. Não era um encontro de tomada de decisões. Mas um momento de tomar o pulso da Congregação e ver as grandes orientações de “trabalho apostólico e missionário” que já estão em prática no momento presente; mas também descobrir novas linhas de acção para o futuro, já que O Futuro tem coração de tenda.
Nessa tenda do futuro devem caber todas as forças vivas do mundo marista; é uma tenda que se deve alargar até às fronteiras do mundo. Como diz um dos documentos da Espiritualidade Marista: “Dirigimos nossos passos para lugares onde outros preferem não ir. Aí descobrimos o sofrimento que há nesses lugares, como María ao pé da Cruz e oferecemos uma presença e um serviço apesar dos riscos. Esta experiência leva-nos a deslocar-nos com audácia apostólica a missões difíceis em zonas marginais e lugares inexplorados” (Documento Água da Rocha, nº 149, Roma, 2006). Nairóbi, oito (8) anos depois, em Setembro de 2014, fala de sonhos, de profecia, de mística, de oportunidades. Pelo caminho, em 2013, a Conferência dos Provinciais, tinha abordado também, entre outros, os temas da mística e da profecia. Vejamos os sonhos que Nairóbi propõe hoje, em relação à mística e à profecia, deixando para artigo posterior outro ponto importante, abordado em Nairobi: a comunhão Nosso sonho é que, Maristas de Champagnat, sejamos reconhecidos como MÍSTICOS porque:
- Somos evangelizadores com espírito e fomos transfigurados por Deus; - Constituímo-nos como pessoas e comunidades orantes que crescemos em humanidade e tornamos transparente o rosto de Deus; -  Privilegiamos espaços e tempos de qualidade para aprofundar o “ser” que dá sentido ao “fazer”; - Acompanhamos processos que fazem crescer em interioridade, espiritualidade e oração e neles nos envolvemos.; -Tornamos visível o rosto mariano da Igreja.

Nosso sonho é que, Maristas de Champagnat, sejamos reconhecidos como PROFETAS porque:

- Abandonamos nossas zonas de conforto e estamos em permanente atitude de saída rumo às periferias de nosso mundo, impulsionados a proclamar e construir o Reino de Deus.; - Vamos com decisão ao encontro dos novos Montagne e somos presença significativa entre eles e com eles. (NOTA: Montagne: um jovem doente que o Padre Champagnat assistiu antes da sua morte; surpreendido pela ignorância religiosa do jovem, o jovem padre de 27 anos decide avançar com a fundação do Instituto dos Irmãos Maristas dedicado à educação cristã da juventude); - Promovemos os direitos das crianças e jovens e somos uma voz pública em defesa desses direitos nos foros políticos e sociais que reflectem sobre eles e onde as decisões são tomadas; - Vivemos uma atitude de disponibilidade missionária global para novos modos de presença encarnada nas periferias nacionais e internacionais; - Empenhamo-nos de forma corajosa e decidida para que nossas obras educativas (escolas, universidades, centros sociais...) sejam plataformas privilegiadas de evangelização e nelas se promova uma educação inclusiva, crítica, comprometida, compassiva e transformadora das realidades; - Acompanhamos as pessoas e os processos da Pastoral Juvenil Marista dos quais emergem os profetas e evangelizadores para o nosso tempo.

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