MOÇAMBIQUE No Bairro do Fomento por IR ANTÓNIO LOPES

MOÇAMBIQUE

No Bairro do Fomento por IR ANTÓNIO LOPES

MATOLA -Seminário da Boa Nova

Aqui, no Seminário, sentimos  muito o falecimento do P. Godinho em Portugal e do Francisco Mário no Brasil. O P. Godinho, no tempo em que aqui esteve ainda trabalhou e pintou o Seminário por fora. E contribuiu com dois mil euros para o efeito.

Embora tenha entrado no Seminário já adulto, não ficou atrás de outros que entraram mais novos. Foi sempre um sacerdote missionário de uma só peça. O Senhor o terá recompensado pela sua dedicação e empenho. Creio que ele é um santo intercessor por nós e por Moçambique junto de Deus.

Na Paróquia do Fomento, aos domingos, no geral há duas missas: a das sete e a das nove. No domingo passado fui à missa das sete. Como a igreja estava em obras, a missa era no salão. O salão estava completamente cheio. Parece que o salão ainda é mais acolhedor que a igreja. A celebração, na parte litúrgica, é orientada por dois núcleos: um para a missa das sete e outro para a missa das nove.

A Paróquia tem gente com boas vozes e canta bem. Não há bocas fechadas; a voz dos homens faz-se sentir bem, sem falar nas mulheres. A semente antiga aqui deixada pelos fundadores continua a germinar.

O pároco, um jesuíta moçambicano, está a procurar renovar a igreja com mármores e lages de fibro-cimento. O chão já está bonito, obra de outro jesuíta brasileiro. Todos os domingos há um peditório próprio para as obras. O pároco, todos os domingos dá contas do que foi feito e do que está projectado bem como das ofertas que as pessoas dão. O povo é generoso e vê-se que há por aqui gente com posses.

Um dos grandes benefícios e problema do Fomento é o gorgulhar da água que nasce em todos os cantos durante todo o ano. Não se sabe onde estão os depósitos dessa água. O pior é que tem algum sal e isso faz-se sentir nas casas construídas com cimento. Tanto o Seminário como a igreja têm de estar atentos a esse fenómeno.

Hoje fico por aqui. Saudações a todos.   Ir. António Lopes