A verdadeira amizade
A verdadeira amizade
Santo
Agostinho afirmava que a única coisa “que nos pode consolar nesta sociedade
humana tão cheia de trabalhos e de erros é a fé não fingida e o amor que os
verdadeiros amigos professam uns pelos outros”. Uma verdadeira amizade é bela
como uma obra de arte. É por isso, talvez, que ela é cada vez mais rara.
Podemos,
com efeito, ter muitos companheiros, muitos colegas, muitos camaradas, mas
nunca muitos amigos. A amizade é também como uma planta delicada que, depois de
nascer, precisa de especiais cuidados para ser cultivada, e minuciosas atenções
para crescer e nunca se degradar.
Fala-se
hoje pouco de amizade e vive-se muito menos em amizade. Porque é exigente. E
até há quem a confunda com simpatia, camaradagem, companheirismo, namoro e até
erotismo ou apoio económico ou outros interesses.
A
amizade não busca a utilidade – embora não poucas amizades se apresentem como
um negócio – a amizade pensa mais em dar do que em receber, em dar ao outro o
melhor de si mesmo. A amizade espera e dá todo o apoio gostosa, ainda que
sacrificadamente.
A
verdadeira amizade é mutuamente enriquecedora. É a renúncia a dois egoísmos e a
soma de duas generosidades.
Como
escreveu Martin Descalzo: “ser um bom
amigo ou encontrar um bom amigo são as duas coisas mais difíceis do mundo”.
Ser
amigo de verdade, é o que devemos tentar ser, ainda que muitos não sejamos
capazes disso porque fundamentamos a amizade nos pseudo-valores que acima
referimos.
Comentários
Enviar um comentário