SUDÃO DO SUL Na África: um conflito contra crianças
SUDÃO
DO SUL
NA ÁFRICA: um conflito contra crianças
"O
conflito actual não é nem mais nem menos do que uma guerra contra as crianças"
denunciam os especialistas da União Africana (UA), num relatório divulgado no
final de uma missão no Sudão do Sul para avaliar o impacto da violência que
começou em dezembro, num segmento da população mais vulnerável.
De
3 de agosto a 9, confirma o porta-voz Eric MISNA Ngandu Abibo, os especialistas
visitaram a capital Juba, a cidade de Bor e da cidade de Minkaman, o local de
um campo de refugiados na margem oeste do Nilo Branco. "Testemunhos
recolhidos - diz o relatório - indicam que o impacto dos conflitos nas crianças
nos últimos oito meses tem sido ainda mais devastador do que a de todos os 21
anos da última guerra civil."
Uma
visão que foi motivada por denúncias e evidências de que os peritos ouviram e
viram com seus próprios olhos. Em Bor, a capital
da região oriental de Jonglei, refere-se a "490 corpos em valas comuns de
crianças identificadas dentro ou na periferia da cidade."Drama é também o
fenómeno de crianças que perderam os pais ou que não podem encontrá-los por
causa de um conflito que, em poucos meses forçou cerca de um milhão e meio de
pessoas a deixar suas casas e aldeias.
Uma
secção inteira do relatório é então dedicada ao recrutamento de
crianças-soldados, definido como "um fenómeno crescente." Desde
dezembro, apenas em Jonglei, as crianças "sequestradas" teriam sido
900. Segundo a ONU, apenas nas fileiras das forças leais ao presidente Salva
Kiir crianças-soldado seriam cerca de 9000. Neste sentido, os especialistas
africanos estão pedindo tanto ao governo como aos rebeldes liderados por Riek
Machar para cumprirem com os compromissos assumidos em junho diante dos
representantes das Nações Unidas.
Mas
também está alarmado com a fome, o que de acordo com a UNICEF é surpreendente
em muitos aspectos, quatro milhões de pessoas, cerca de 40% da população do
Sudão do Sul. De acordo com os dados da ONU, no risco
de insegurança alimentar há 840 mil crianças menores de cinco anos e 328 mil
mulheres grávidas ou mães recentes. MISNA
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