IRAQUE Arcebispo defende a criação de um centro de acolhimento para refugiados que fogem dos jihadistas
IRAQUE
Arcebispo
defende a criação de um centro de acolhimento para refugiados que fogem dos
jihadistas
"Estamos à
espera de um enorme afluxo de pessoas. Não vai ser o caso de pessoas que querem
ficar apenas um dia. Isto vai durar um ano ou até ano e meio. Eles não podem
viver em tendas, especialmente tendo em conta que muitos destes refugiados
serão idosos e mulheres com crianças."
Revelando uma
enorme preocupação pela onda de refugiados que está a atravessar o Iraque em
consequência das acções militares dos jihadistas do ISIS, o Arcebispo católico
caldeu, Bashar Warda, falou na necessidade de se construir um centro de
acolhimento para estes refugiados.
Falando com a
Fundação AIS, o prelado pede a criação de um centro que possa acolher “dezenas
de milhares de pessoas – muitas delas cristãs – que fogem do ISIS”. A Igreja
Católica está a ajudar os Cristãos e os Muçulmanos.
A existência de
“casas móveis” na sua diocese poderá ser a base para o acolhimento dos
refugiados em fuga dos jihadistas que no final do mês passado anunciaram a
criação de um “califado” que une os territórios já conquistados por este grupo
radical islâmico entre a Síria e o Iraque.
Recorde-se que
antecipando a conquista de Mossul pelo ISIS – agora denominado Estado Islâmico
– registou-se uma fuga maciça de mais de meio milhão de pessoas desta
importante cidade iraquiana.
A fuga, apressada, deixou estes milhares de refugiados no mais completo
abandono. Em resposta ao apelo da Igreja local, a Fundação AIS disponibilizou
de imediato uma “ajuda de emergência” no valor de 100 mil euros.
Esta verba
destina-se ao apoio das famílias cristãs em fuga e que têm estado a ser
apoiadas pelo Arcebispo católico caldeu de Mossul, D. Amena Nona, que também
saiu da cidade e encontra-se em Tal Kayf a coordenar as operações de socorro.
"Congratulamo-nos com todos os presentes, sejam eles cristãos ou
muçulmanos. Isto é o que nos ensina a nossa fé: para
ajudar a todos,
independentemente da religião. Deus ama todos. Na verdade, a Igreja abriu as
suas escolas, os seus jardins-de-infância e as suas salas, não só para os
cristãos, mas também para famílias muçulmanas." afirma D. Nona. A
verba disponibilizada pela Fundação AIS destina-se, em primeiro lugar, para a
aquisição de tendas de campanha, alimentos, roupa e
medicamentos.
Após a
conquista de Mossul, o avanço dos militantes jihadistas continua na região de
Nínive, para onde tinham fugido milhares de pessoas.
Daí a
importância do projecto do Arcebispo Bashar Warda. O prelado sublinhou que,
após a conquista de Mossul, pela primeira vez em 1600 anos não se celebrou a
Missa dominical na cidade. VOZ DA MISSÃO A.SET.2014, P.5
Comentários
Enviar um comentário