UCRÂNIA Militares da Ucrânia avançam Combóio de ajuda humanitária
UCRÂNIA
Militares da Ucrânia avançam
Combóio de ajuda humanitária
Uma fonte da administração local indicou à AFP que o comboio pode tentar passar pelo posto de fronteira de Donetsk (de mesmo nome da cidade controlada pelos rebeldes, mas localizada na fronteira da região de Lugansk) que dá acesso a Izvaryne, do lado ucraniano. Assim como vários países ocidentais, a Ucrânia suspeita que o comboio, que partiu na terça-feira de uma base militar próxima de Moscou, possa ser uma espécie de 'Cavalo de Troia' para uma eventual intervenção russa no leste do país.
As forças do governo ucraniano comemoram a retomada da cidade de Novosvitlivka, para "cortar a última ligação entre a cidade de Lugansk e outros territórios controlados por mercenários russos, principalmente o posto de fronteira de Izvaryne", segundo o porta-voz militar Andrii Lysenko. Essa estrada seria utilizada pelo comboio de ajuda humanitária russo, que está atualmente estacionado em Kamenensk-Chakhtinski, na região de Rostov, a 50 km da fronteira ucraniana, segundo a imprensa local.
Após
anunciar inicialmente que impediria a entrada do comboio russo, Kiev finalmente
propôs na quarta-feira que esta ajuda seja conduzida e distribuída pela Cruz
Vermelha no reduto rebelde de Lugansk. Ainda assim, as autoridades ucranianas
anunciaram nesta quinta o envio de seu próprio comboio humanitário, com 75
caminhões transportando 800 toneladas de produtos de primeira necessidade para
os civis de Donetsk e Lugansk.
Enquanto
isso, o principal líder rebelde, o russo Igor Strelkov, "ministro da
Defesa" dos separatistas, pediu demissão em razão de uma "mudança de
função", segundo o site oficial da autoproclamada República Popular da
Donetsk. Mais cedo, o líder separatista de Lugansk, Valeri Bolotov, também
anunciou à televisão russa que estava deixando o cargo
"temporariamente" por causa de "ferimentos" sofridos em
maio. Na semana passada foi o "primeiro-ministro" de Donetsk, o russo
Alexander Borodai, que renunciou. Parlamento ucraniano aprova sanções
contra empresas e cidadãos russos Exército ucraniano
recupera controle de estrada entre Lugansk e fronteira Ucrânia: combates chegam ao centro de
Donetsk; 22 mortos civis em Lugansk Pelo menos 74
civis mortos em três dias na região ucraniana de Donetsk Intensos bombardeios no centro de
Donetsk, leste da Ucrânia Kiev envia o
próprio comboio de ajuda humanitária ao leste da Ucrânia Forças ucranianas destroem blindados
vindos da Rússia , diz presidente Funcionários
ucranianos inspecionam comboio humanitário em território russo Estados Unidos pedem à Ucrânia que
seja cautelosa com vida de civis
Em
Donetsk, intensos disparos com armas pesadas eram ouvidos nesta quinta-feira em
vários pontos do centro da cidade, incluindo em uma universidade e na sede do
Ministério Público, ocupada por separatistas pró-Rússia. Os confrontos deixaram
pelo menos dois mortos. O bairro estava tomado por rebeldes armados. Segundo
eles, dois morteiros tinham atingido a sede da polícia, também ocupada pelos
insurgentes. Fortes explosões eram ouvidas na cidade em intervalos regulares.
Na região de Donetsk, onde o Exército ucraniano realiza sua ofensiva apertando
o cerco à cidade, 74 civis morreram em três dias, segundo a administração
regional.
Em Lugansk, cercada pelo Exército ucraniano e que sofre com uma situação humanitária "crítica", 22 civis morreram depois de um ataque com morteiros contra um ônibus, um mercado e várias casas. "Nas últimas 24 horas, segundo informações provisórias, 22 habitantes de Lugansk morreram. Os bairros do leste da cidade foram atacados com morteiros. Um ônibus, uma loja e vários edifícios residenciais foram atingidos", afirmou um representante da administração regional. As autoridades locais afirmam que Lugansk está em situação "crítica", sem energia elétrica e água corrente há 12 dias, com as linhas telefônicas cortadas e os estoques de comida e medicamentos perto do fim.
Em Lugansk, cercada pelo Exército ucraniano e que sofre com uma situação humanitária "crítica", 22 civis morreram depois de um ataque com morteiros contra um ônibus, um mercado e várias casas. "Nas últimas 24 horas, segundo informações provisórias, 22 habitantes de Lugansk morreram. Os bairros do leste da cidade foram atacados com morteiros. Um ônibus, uma loja e vários edifícios residenciais foram atingidos", afirmou um representante da administração regional. As autoridades locais afirmam que Lugansk está em situação "crítica", sem energia elétrica e água corrente há 12 dias, com as linhas telefônicas cortadas e os estoques de comida e medicamentos perto do fim.
Neste
contexto de crise, o presidente russo, Vladimir Putin, afirmou nesta
quinta-feira que a Rússia "não deve se desconectar do restante do
mundo", no momento em que as relações com o Ocidente estão tensas devido à
crise com a Ucrânia. "Temos que desenvolver nosso país tranquilamente,
dignamente e de maneira eficaz, sem nos desconectarmos do resto do mundo, sem
romper os vínculos com nossos sócios", declarou Putin em Yalta, na
Crimeia, península ucraniana anexada em março pela Rússia.
O
secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen, reagiu com prudência nesta
quinta-feira às declarações de Vladimir Putin sobre a crise ucraniana e fez um
apelo ao presidente russo para que traduza suas palavras em atos. "Se esta
for uma tentativa sincera de participar da desescalada da situação, eu
receberei o discurso e as iniciativas futuras da Rússia com simpatia",
reagiu Rasmussen, que voltou a denunciar o reforço da presença russa na
fronteira com a Ucrânia e o fornecimento de armas aos rebeldes.
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