COREIA DO SUL Papa Francisco beatifica 124 mártires coreanos em Seul
COREIA DO SUL
Papa Francisco beatifica 124 mártires coreanos em Seul
Pontífice falou sobre o sentido do sacrifício num mundo confrontado
entre a abundância material e uma enorme pobreza
Papa beatifica 124 mártires em SeulP |
Fieis
participam de missa conduzida pelo papa Francisco no Estádio da Copa do Mundo
de Daejeon, na Coreia do Sul(AFP)
O
Papa Francisco beatificou no dia 16 (sábado), em Seul, 124 mártires sul-coreanos, na
presença de milhares de fiéis reunidos na Porta de Gwanghwamun, aos quais
perguntou sobre o sentido do sacrifício num mundo confrontado entre a
abundância material e uma enorme pobreza. Primeiro Papa a visitar a Ásia desde
1999, Francisco chegou à Porta de Gwanghwamun num pequeno carro conversível da
Kia fabricado especialmente para a ocasião. Pontes, ruas e estações de metro
próximas à praça foram fechadas, e atiradores de elite foram posicionados nos
telhados para garantir a segurança do Papa e dos fiéis.
Ao
celebrar a missa em memória dos primeiros cristãos do país, Francisco refez sua
advertência da véspera contra a sociedade de consumo, responsável por uma
"desesperança" que induz ao consumo de drogas e ao suicídio, e voltou
a proferir a fé e o sacrifício de Jesus como um caminho de salvação diante da
deterioração dos valores humanos. "Os mártires nos chamam a recolocar
Jesus acima de tudo e a ver tudo neste mundo relacionado com Ele e seu reino
eterno. Isto nos leva à pergunta se há alguma coisa pela qual estaríamos
dispostos a dar nossas vidas", destacou o Papa no terceiro dia de sua
visita ao "país da manhã tranquila".
O
exemplo dos mártires coreanos, que aceitavam "a igual dignidade de todos
os baptizados" e privilegiavam "uma forma de vida fraternal que
desafiava as estruturas sociais rígidas de sua época", tem muito a dizer
"em uma sociedade onde ao lado de imensas riquezas se desenvolve a mais
abjecta pobreza, onde raramente o grito dos pobres é ouvido", disse o
pontífice. O catolicismo foi introduzido na Coreia do Sul por leigos letrados,
iniciados nesta nova "sabedoria" por jesuítas vindos da vizinha China
e por missionários europeus.
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