ISRAEL | GAZA Preparam-se novas negociações
ISRAEL | GAZA Preparam-se novas negociações
France Presse
Publicação: 16/08/2014 13:36 Actualização: 16/08/2014 14:10
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Israelenses e palestinos preparam-se para novas
negociações difíceis que irão determinar o futuro do cessar-fogo, que expira na
segunda-feira, e que é observado na Faixa de Gaza após um mês de guerra.
Na véspera das negociações que deverão ser retomadas no
domingo no Cairo, o território palestino, devastado pelos ataques israelenses,
vive neste sábado seu sexto dia consecutivo de trégua.
Cabe agora aos negociadores israelenses e palestinos chegar a um acordo sobre um cessar-fogo duradouro. Entre os palestinos prevalece o sentimento de confiança, apesar da cautela, quanto às chances de um acordo que impeça o retorno da violência que matou cerca de 2.000 palestinos, a maioria civis, e 70 israelenses, a maioria soldados.
Cabe agora aos negociadores israelenses e palestinos chegar a um acordo sobre um cessar-fogo duradouro. Entre os palestinos prevalece o sentimento de confiança, apesar da cautela, quanto às chances de um acordo que impeça o retorno da violência que matou cerca de 2.000 palestinos, a maioria civis, e 70 israelenses, a maioria soldados.
Azzam al-Ahmad, chefe da delegação palestina e líder do
Fatah, informou neste sábado progressos que fazem sonhar com uma trégua
persistente, e não apenas uma nova extensão de alguns dias do cessar-fogo.
"Temos grandes esperanças de um acordo muito em
breve, antes do fim da trégua, e talvez muito em breve para um cessar-fogo
permanente", declarou à AFP.
"Poderemos chegar a um acordo se o lado israelense
atender todas as exigências da delegação palestina unificada, especialmente o
fim de qualquer agressão contra o nosso povo, da guerra contra Gaza e o
levantamento completo" do bloqueio que sufoca o enclave, afirmou à AFP um
porta-voz do Hamas, Sami Abu Zuhri.
Já os israelenses se mostram mais discretos. Com demandas
aparentemente irreconciliáveis , o desafio enfrentado pelos negociadores é
inventar a fórmula para que cada lado não considere o outro vencedor deste
conflito.
No Cairo, os israelenses recusam-se a negociar com os "terroristas" do Hamas, o grupo islâmico que controla a Faixa de Gaza e com quem travam a batalha. O Hamas é parte da delegação palestina, que também inclui membros da Jihad Islâmica e do Fatah, do presidente da Autoridade Palestina Mahmud Abbas. Os egípcios actuam como intermediários.
As discussões realizadas até ao momento na sede da inteligência egípcia levou ao primeiro cessar-fogo estabelecido segunda-feira e estendido na quinta-feira por mais cinco dias. Os delegados regressaram para suas casas, para novas consultas.
As discussões, que serão retomadas no domingo, deverão
girar em torno de uma proposta egípcia que, de acordo com um documento
consultado pela AFP, pretende estabelecer um cessar-fogo permanente e convidar
a novas negociações dentro de um mês.
Na pauta, questões espinhosas como a abertura de um porto
e de um aeroporto exigida pelos palestinos, mas rejeitaa pelos israelenses, ou
ainda a restituição a Israel dos corpos de dois soldados mortos em troca da
libertação de prisioneiros palestino.
O levantamento do bloqueio imposto por Israel à Faixa de
Gaza desde 2007 e que asfixia a economia local é uma das principais exigências
palestinas. O documento egípcio é vago sobre o assunto, dizendo apenas que os
pontos de passagem fechados seriam reabertos.
Diferentes informações evocam projectos de reabilitação e desenvolvimento de Gaza sob supervisão internacional, bem como a reabertura da passagem de Rafah com o Egipto, o único acesso à região para o mundo exterior que não está sob controle israelense.
Diferentes informações evocam projectos de reabilitação e desenvolvimento de Gaza sob supervisão internacional, bem como a reabertura da passagem de Rafah com o Egipto, o único acesso à região para o mundo exterior que não está sob controle israelense.
Esta reabertura é outra exigência importante dos
palestinos. Para promover um acordo e tranquilizar Israel, preocupado com as
armas ou materiais que possam passar por este acesso, a União Europeia
manifestou a sua disposição de retomar e expandir a missão EUBAM, iniciada em
2005 em Rafah, onde 70 oficiais europeus participavam do controle de pessoas e
bens. A missão foi suspensa em 2007, após a tomada de Gaza pelo Hamas.
Policiais europeus também poderiam treinar policiais e
agentes alfandegários da Autoridade Palestina. "Voltar ao status quo de
antes do conflito não é possível", considerou a UE, para quem qualquer
cessar-fogo duradouro deve ser acompanhado por um levantamento do bloqueio.
Não se sabe, contudo, de que forma seria possível cumprir as exigências israelenses de desmilitarização de Gaza.
Não se sabe, contudo, de que forma seria possível cumprir as exigências israelenses de desmilitarização de Gaza.
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