SERRA LEOA Ébola dizimou aldeias inteiras denunciam Médicos Sem Fronteiras
SERRA
LEOA
Ébola dizimou aldeias inteiras denunciam
Médicos Sem Fronteiras
2014-11-10 Rádio Vaticana |
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Segundo o jornal digital Observador que cita a Agência
Lusa, um responsável da investigação operacional dos Médicos Sem Fronteiras
(MSF) Rony Zachariah disse esta sexta-feira que a situação na Serra Leoa é
catastrófica, onde o Ébola dizimou aldeias inteiras e causou mais mortes do que
o anunciado. “Doentes morreram e comunidades desapareceram e isso não aparece
nas estatísticas”, declarou Zachariah à agência France Presse, à margem de um
congresso médico em Barcelona, adiantando que o número oficial de mortos é
“muito inferior ao da realidade”.
A febre hemorrágica Ébola, muito contagiosa, causou desde
o início do ano até 27 de outubro pelo menos 4.922 mortos em 13.703 casos
registados, na sua quase totalidade em três países: Libéria, Serra Leoa e
Guiné-Conacri, segundo o último balanço da Organização Mundial de Saúde (OMS).
Rony Zachariah, que esteve nas zonas rurais da Serra Leoa, declarou à AFP que
“a situação é catastrófica”. “Algumas aldeias foram simplesmente apagadas” do
mapa. “Numa aldeia com 40 habitantes, 39 morreram. Um único sobrevivente. Numa
outra, os 12 membros de uma família, avós, pais, filhos, morreram todos”,
adiantou este responsável dos Médicos Sem Fronteiras.
Zachariah lamenta a total saturação dos sistemas de saúde
locais com, nalguns casos, “três ambulâncias para 400.000 habitantes” e as
dificuldades dos centros de saúde, cujos profissionais são infetados e morrem.
Segundo o médico, aqueles países “têm, no máximo, uma enfermeira por cada
10.000 habitantes”. “Como é que querem que o sistema funcione quando eles
perdem 10, 11 ou 12 enfermeiras”, questionou Zachariah. O responsável dos MSF
defendeu o envio de mais profissionais de saúde, meios de transporte e
logísticos para aqueles países da África Ocidental. Fonte: Observador (jornal digital)
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