VIDA SIM Defender a vida, custe o que custar
VIDA SIM
Defender a vida, custe o que custar
Têm-se
extremado posições defendendo o “sim” ou o “não” ao referendo sobre o aborto.
Umas, por defender princípios de ética e moral e outras por defenderem a falta
de ética e de moral. Uns dizem que o problema envolve questões de moral e
ética, de foro íntimo, e não devia sequer ser referendável. Há coisas que não
são referendáveis. O que está mal, por exemplo, não é referendável ainda que democraticamente, uns por ignorância,
outros por malvadez e outros ainda por falsa comodidade ou prazer, votem a
favor, ainda que na ordem dos 90%! É por isso que há leis justas e há leis
injustas. E as leis não se legitimam
simplesmente por serem aprovadas por maioria – a maioria pode estar louca e mal
intencionada, maldosa – ou por uma assembleia de representantes do povo. No
caso da vida humana, o cidadão consciente dos seus actos, deve defender a
inviolabilidade da vida humana (art. 24 da Constituição Portuguesa) e a
dignidade da pessoa humana, sobretudo da mulher, nas circunstâncias peculiares
como mãe e como esposa.
A
criança indefesa não deve ser vítima da vontade demagógica, descontrolada e
hedonista dum homem e duma mulher que lhe deram a vida. Deveríamos chamar as
coisas pelo seu nome, sem andar a enganar as pessoas, com subterfúgios, que
apenas indicam a falta de consciência e humanidade dos que falam contra a vida
e até dizendo que não são contra a vida.
Sempre gostei das pessoas conscientes e responsáveis. E louvo aqueles que, para
além da desconsideração que possa advir sobre eles, são coerentes consigo
próprios e merecem o nosso respeito. Sousa Franco acaba de dizer que é contra a
despenalização do aborto. São suas palavras: “por muito que isso custe, o
aborto é sempre a eliminação de uma pessoa humana não nascida, a destruição de
uma vida sagrada”. É que, sob a capa de “não gosto de hipocrisias” e “de
abortos clandestinos” ou outras expressões quejandas, concluem alguns que se
pode “matar inocentes”. É preciso erradicar, sim, este flagelo e que se apoie a
maternidade e a filiação em quaisquer circunstâncias, e sobretudo no caso de
“crianças indesejadas”. Isso já fazem outros países, mas nós teimamos em andar,
umas décadas atrás dos outros! É o nosso fado!
Quanto
a mim, dou graças a Deus por minha querida mãe – não é pieguismo, não, digo-o com toda a sinceridade – dou graças a
Deus por minha mãe ter princípios sãos e não se deixar levar pelo comodismo ou
pelo mais fácil, mas aceitar o que exige sacrifício, pois de outro modo eu
podia ter ido parar a uma lixeira e não ter vivido mais que umas magras
semanas. Abençoada mãe, como te quero!
Nem
clandestinidades abortivas, nem custos elevados, ainda que no estrangeiro,
podem legitimar a falta de respeito pela vida. Custa assumir viver. Se custa! É
mais cómodo desfazer-se do que é incómodo – embora nunca um aborto traga à
mulher uma situação cómoda no momento ou no futuro pelas consequências de todo
imprevisíveis, como bem sabemos, ainda que tentemos fazer esquecer! E a
“clandestinidade” continuará, porque nenhum médico, por ética profissional,
poderá ser constrangido a colaborar activamente em fazer um aborto contra a sua
consciência, ainda que a lei o despenalize!
E
porque as mulheres que abortam trarão sempre sobre si o peso, que não tem só a
ver com a sua possível religião, mas com a sua vocação de mãe destroçada, e às
vezes irrecuperável. De certo não faltará trabalho de futuro para os
psiquiatras, para os psicólogos, e que serão bem pagos, e também chegará para
os padres – até porque estes trabalham de
graça! – para tentar minorar os danos causados às mulheres que abortaram,
porque num dado momento se sentiram constrangidas a fazer um aborto.
Escrevo como cidadão, como pessoa e como homem que viveu em situações variadas, numa África em que as mães adoram crianças e numa Europa que se desfaz delas porque incomodam: perdem-se os fins de semana, vêm as noites mal dormidas, os cuidados a ter mas que engrandecem a mulher! Como foi bom viver numa África em que as mulheres adoram “crianças”, como uma riqueza, um dom para elas e para a família! E como é triste ver uma Europa cada vez mais despovoada, uma Europa cansada, de velhos, sem crianças e sem juventude e a ser traída por pseudo-valores que afundam o homem e a sociedade! in NA FORÇA DA PALAVRA, por ARMANDO SOARES
Escrevo como cidadão, como pessoa e como homem que viveu em situações variadas, numa África em que as mães adoram crianças e numa Europa que se desfaz delas porque incomodam: perdem-se os fins de semana, vêm as noites mal dormidas, os cuidados a ter mas que engrandecem a mulher! Como foi bom viver numa África em que as mulheres adoram “crianças”, como uma riqueza, um dom para elas e para a família! E como é triste ver uma Europa cada vez mais despovoada, uma Europa cansada, de velhos, sem crianças e sem juventude e a ser traída por pseudo-valores que afundam o homem e a sociedade! in NA FORÇA DA PALAVRA, por ARMANDO SOARES
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