VOLUNTARIADO Projecto Mais Leigos para o desenvolvimento

VOLUNTARIADO  Projecto Mais  Leigos para o desenvolvimento.

Dra DIANA SALGADO (à esquerda), dos l.b.n

Nos dias 12 e 13 de   decorreu na Fundação Calouste Gulbenkian um Encontro de Voluntários do Projecto: Mais Valia desta fundação para avaliação do mesmo. Este projecto apoiou o envio de voluntários com 55 ou mais anos para países em desenvolvimento em missões curtas, em parceria com outras organizações.
Decorreu entre 2012 e Setembro de 2014, podendo vir a ser aberta uma segunda edição.
Neste encontro, Diana Salgado dos Leigos Boa Nova falou sobre a experiência da nossa organização com voluntários desta faixa etária, que têm sido uma mais-valia para nós desde há vários anos, com a sua experiência de vida e profissional. Fomos convidados a participar neste encontro enquanto membros do Grupo de Trabalho de Recursos Humanos para a Cooperação da Plataforma Portuguesa das Organizações Não Governamentais para o Desenvolvimento (ONGD) com experiência nesta área. Falou também o Pedro Cruz, presidente executivo da Plataforma que, entre outras coisas, referiu o facto de muitas organizações católicas (como é o nosso caso) terem a mais-valia de colaborarem com missionários que estão implantados há vários anos no terreno de missão, tendo por isso um conhecimento da realidade e uma capacidade de receber voluntários e dar continuidade aos trabalhos superior à de muitas organizações laicas, cuja presença no terreno de missão se limita à duração dos seus projectos.
No projecto, a Fundação Gulbenkian contribuía com a selecção dos candidatos, formação inicial, interligação com as organizações parceiras e custos de envio, além do acompanhamento dos voluntários no terreno e após o regresso. O parceiro, para além do projecto onde o voluntário trabalhava, contribuía com a estadia (alojamento e alimentação)
Segundo Elisa Santos, coordenadora da implementação do projecto, houve 384 candidaturas de voluntários, das quais 55 pessoas, 15% dos candidatos iniciais, concluíram a formação e integraram a bolsa de voluntários do projecto. A média de idades é 62 anos, e 68% são mulheres.
Até ao encontro, apenas tinham sido colocados em missão 12 voluntários, estando mais 24 com partida marcada. Estes números foram explicados pela selecção rigorosa dos candidatos, e pelo reduzido número de organizações parceiras: apenas 8 na fase inicial.
As áreas de trabalho foram a formação em Saúde e Educação, o reforço de competências institucionais e o levantamento de necessidades de novos projectos a implementar.
As organizações parceiras apontaram como pontos positivos do projecto a elevada competência dos voluntários, a formação dos mesmos, o cumprimento das tarefas, o impacto do trabalho realizado, e a manutenção da relação dos voluntários com as organizações após a missão.
A duração média das missões foi de um mês, e o custo médio de 2200 euros.
Em suma, foi feito um balanço da primeira edição do Projecto Mais Valia, tendo sido salientado o carácter inovador de unir áreas tão distintas como a Cooperação para o Desenvolvimento e o Envelhecimento Activo.

O interesse de candidatos a voluntários foi grande, mas não houve tanta adesão de organizações parceiras. in VOZ DA MISSÃO nov 2014 p.04.

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