2015 Ano Europeu para o Desenvolvimento* por ARMANDO SOARES
2015 Ano Europeu para o Desenvolvimento*
Por
ARMANDO
O
decreto aprovado pelo Parlamento Europeu, tem como objectivo “sensibilizar os
Estados-membros, a sociedade civil, as autoridades locais e regionais, o sector
privado, os parceiros sociais, as entidades e organizações internacionais” para
a importância da luta contra a pobreza.
Nos
próximos meses, vão ser colocados em cima da mesa do debate público “os
resultados que a União Europeia já alcançou” nesta área, em conjunto com todos
os países que a compõem. Além de informar os cidadãos”, aquele organismo espera
mobilizá-los a uma “participação directa” em torno do desenvolvimento; em causa
está também a promoção de um espírito “comum de responsabilidade, solidariedade
e oportunidade, num mundo em mutação e cada vez mais interdependente”, pode ler-se.
Em
entrevista à ECCLESIA desta segunda-feira, Susana Refega, directora executiva
da Fundação Fé e Cooperação (FEC), destacou a importância do projecto para
colocar a “questão do desenvolvimento” de uma forma mais próxima das pessoas e
“de uma forma que não seja codificada, mas sim na linguagem de todos”. Isto
porque esta matéria diz respeito “a todos”, não pode ser apenas preocupação do
“Norte, do Sul, de alguns países”.
Para
marcar da melhor forma o próximo ano, o organismo ligado à CEP vai promover diversas actividades,
entre elas “uma campanha de Quaresma” com o envolvimento de várias dioceses, e
uma reflexão dedicada à questão do desenvolvimento.
Pedro
Krupenski, director de desenvolvimento da ong Oikos, destaca a
oportunidade que este Ano Europeu levanta para a implementação de uma “responsabilidade
partilhada” entre todos os países. Para aquele responsável, “não faz sentido”
que “num mundo global em que a pobreza já não está geograficamente localizada”,
continue a existir uma “relação desequilibrada entre os que ajudam e os que são
ajudados”.
É
este um tempo ideal para as pessoas “tomarem consciência” de um projecto que,
segundo Pedro Krupenski, “teve enorme mérito”, como “primeiro referencial
alguma vez existente”, em termos da “luta contra a pobreza”, e que “reuniu
tanto consenso”. AE / 06 de Janeiro de 2015. * in VOZ DA MISSÃO fev.15
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