VATICANO Papa cria 15 novos cardeais, alguns de países que nunca tiveram um cardeal

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Papa cria 15 novos cardeais, alguns de países que nunca tiveram um cardeal
Lusa04 Jan, 2015, 15:30
D. Manuel Clemente, patriarca de Lisboa


O papa Francisco anunciou hoje a criação de 15 novos cardeais eleitores, entre os quais Manuel Clemente, o patriarca de Lisboa, e de outros cinco não-eleitores, representando alguns países que nunca tiveram cardeal.
O papa destacou que os novos cardeais são "procedentes de 14 nações de todos os continentes" e que "representam o vínculo inseparável entre a Igreja de Roma e as Igrejas particulares presentes no mundo".
O porta-voz do Vaticano, Rederico Lombardi, destacou hoje que nas novas nomeações dá-se destaque a países que não tinham antes tido um cardeal, com "comunidades eclesiásticas pequenas ou em situação de minoria".
Lombardi destacou entre elas os novos cardeais de Cabo Verde, "uma das dioceses africanas mais antigas", ou da ilha mexicana de Morelia, "uma região atormentada pela violência".
Da lista dos novos cardeais fazem parte o patriarca de Lisboa, Manuel Clemente, de 66 anos, e o bispo de Santiago, o cabo-verdiano Arlindo Gomes Furtado.
Manuel Clemente, de 66 anos, tomou posse como o 17.º Patriarca de Lisboa, o terceiro de nome Manuel, a 07 de julho de 2013, sucedendo a José Policarpo, resignatário desde 2011, quando completou 75 anos.
O bispo de Santiago nasceu a 04 de outubro de 1949, fez os estudos teológicos em Portugal e regressou a Cabo Verde, onde foi ordenado padre em 1976, tendo sido ordenado bispo em 2004, revelou a agência Ecclesia.
Os novos cardeais representam a "periferia" da Igreja católica, como a Etiópia, o Vietname, a Nova Zelândia, a Birmânia, a Tailândia, a ilha de Tonga, Panamá e Uruguai, entre outros.
Entre os nomeados hoje estão dois italianos, Edoardo Menichelli e Francesco Montenegro, este último o responsável pela Ilha de Lampedusa, um dos centros da crise da chegada de imigrantes ilegais ao sul de Itália, onde o papa recordou em 2013 o drama de centenas de indocumentados que se afogaram ali na tentativa de sair de África.
O único membro da Cúria romana (o Governo do Vaticano) que será feito cardeal é o arcebispo marroquino Dominique Mamberti, perfeito do Supremo tribunal da Assinatura Apostólica.
O papa destacou ainda que a 12 e 13 de fevereiro, antes da criação formal dos novos cardeais, realizar-se-á um consistório destinado a "refletir sobre as orientações e as propostas para a reforma da Cúria romana".
Francisco nomeou também cinco cardeais não-eleitores (com mais de 80 anos de idade) por reconhecer "a sua caridade pastoral no serviço à Santa Sé e à Igreja", que não têm voto nem podem ser eleitos papa.
Entre estes está o moçambicano Júlio Duarte Langa, bispo emérito de Xai-Xai, assim como José de Jesús Pimiento Rodríguez, arcebispo emérito de Manizales (Colômbia), o italiano Luigi De Magistris, pró-penitenciário-mor emérito; o alemão Karl-Joseph Rauber, antigo núncio apostólico, e o argentino Luis Héctor Villalba, arcebispo emérito de Tucumán.
O total de cardeais ascenderá agora a 228, dos quais 125 serão eleitores.
O colégio cardinalício terá representantes de 73 países dos cinco continentes, 56 dos quais têm cardeais eleitores.
Os cardeais europeus continuam a ser m


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