FELICIDADE As colunas da felicidade
FELICIDADE As colunas da felicidade
Imagino
que as pessoas do nosso tempo são demasiado superficiais. Os factos o
demonstram. Leva-se a vida demasiado a brincar. Vive-se da dimensão do prazer e
do que agrada. Em tempo de trabalho e em tempo de férias. Nos meses de Julho e
Agosto tenta-se esquecer o trabalho e esforço de urn ano laboral e desce-se -
quantas vezes - para um patamar vivencial que desumaniza e cansa mais do que o
repouso suspirado.
Neste
mundo vazio e oco em que vivemos, o homem decidiu apoiar a vida em colunas
falsas que são constante e fortemente badaladas nos meios de comunicação social
como nas conversas das aldeias mais humildes - "o sexo, o dinheiro e o
poder". São ídolos procurados, incensados, que enlouquecem os que os
possuem julgando-se os grandes homens, possuidores da felicidade.
O
sexo, a sexualidade, é dom de Deus, confiança de Deus que põe a força da vida
na mão do homem e da mulher. Mas o sexo que domina nosso pobre mundo é o sexo
sem amor. É o sexo egoísta-prazer-masoquismo. O sexo "erótico" que
aparece para muitos como a grande descoberta dos tempos modernos, porque "destabusado". Fala-se dele em
tom obsessivo, nas nossas televisões e revistas, pregando-se a liberdade
sexual. Diga-se, de passagem, que isto vai passando de moda, por fastio!
Preocupados com gozar a vida, raras vezes são espíritos independentes. É certo
que não há homem menos humano que o libertino.
O
dinheiro traz como sequelas o prazer, o conforto e o luxo. Faz-se do dinheiro a
felicidade, porque ele abre todas as portas. Quando não se tem, sonha-se com
ele. É a "febre do dinheiro". A ele se subordinam todos os valores. E
o Evangelho do nosso século é: "negócios são negócios". A finalidade
da vida parece ser "ganhar muito dinheiro e comprar a vida eterna".
O
poder. O grande sonho de muitos é "mandar, mandar" ainda que seja nas
cabeças de um rebanho", como dizia Cervantes. O poder é estéril, o poder
corrompe. Mas aposta-se nesse poder, até no poder absoluto. As honras encantam.
O poderoso nunca poderá compreender, nunca poderá amar. O poder carrega na sua
natureza a cegueira do que o possui.
Os
pobres humanos passam a vida inteira a lutar como cães para conseguirem
"estes três ossos", refere Martin Descalzo num dos seus maravilhosos
livros. E chama-se a isto "viver a vida".
Dou
graças a Deus por ser católico, por ter outra visão da vida e da felicidade, e
tentar transformar este mundo selvagem e egoísta, num mundo verdadeiramente
humano e feliz.
Tenho
a alegria de saber que tenho uma alma, que há outros valores que fazem a gente
feliz sobre a terra, construindo a vida sobre colunas diferentes: o amor, o
trabalho, o serviço, a confiança, a solidariedade, a justiça, a simplicidade, a
fé, o respeito, a dignidade humana, a caridade, a esperança, a alegria, a paz!
De certo que, com estas colunas, este mundo seria diferente. Seria habitável.
Destruir-se-ia a solidão que nos angustia. E entraríamos no mercado comum da
felicidade.
Como
seria belo! Como seria bom!
O
missionário, homem de Deus, e o grande irmão ao serviço da humanidade, e em
especial dos mais pobres e excluídos, decidiu a vida pelo caminho de Jesus
Cristo - caminho, verdade e vida - que é o único caminho da felicidade, do amor
e da paz.
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