PORTUGAL Xeique Munir: "Se não estão satisfeitos em viver num país liberal, podem emigrar"

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Xeique Munir: "Se não estão satisfeitos em viver num país liberal, podem emigrar"


Xeique David Munir. Foto: Filipe d'Avillez/ RR
Imã da Mesquita de Lisboa critica "actos bárbaros" que "utilizam o Islão de forma negativa", denigrindo a "mensagem da tolerância e da paz que ele transmite".
07-01-2015 13:56



"Estamos chocados porque não esperávamos que isto acontecesse e estas pessoas – que ainda não sabemos quem são, mas se forem muçulmanos preocupa-nos ainda mais – estão a denegrir a imagem do Islão", disse à Renascença o Xeique David Munir. 
O Imã da Mesquita de Lisboa criticou estes "actos bárbaros de crueldade", que não são compatíveis com o ambiente de liberdade dos países liberais. 
"Se não estão satisfeitos em viver num país liberal, podem emigrar e deixem-nos em paz", afirmou peremptório. 
Na sua opinião, os autores do ataque "utilizam o Islão de forma negativa" e denigrem a "mensagem da tolerância e da paz que ele transmite". 
O representante da comunidade muçulmana de Lisboa aponta uma solução para estes movimentos extremistas, que passa pela "educação, integração e fazer ver as pessoas de que é possível conviver com o seu próximo, independentemente da crença que tem". 
"A minha liberdade acaba onde começa a liberdade do outro", lembra. 
O atentado desta quarta-feira em Paris provocou, pelo menos 12 mortos, entre os quais dos agentes da polícia e quatro cartoonistas. Há oito feridos, quatro em estado grave.
Ao que tudo indica, dois homens armados com metralhadoras kalashnikov e um lança-rockets atacaram, esta quarta-feira cerca das 11h30 locais, a sede do jornal. O ataque ainda não foi reivindicado e os suspeitos conseguiram fugir.

O “Charlie Hebdo” publicou em 2011 caricaturas de Maomé, que tinham saído originalmente nas páginas de um jornal dinamarquês. Um episódio originou uma grande polémica e ameaças por parte de fundamentalistas islâmicos.

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