GREVES Greves e mais greves

Greves e mais greves  
A doutrina social reconhece a legitimidade da greve «quando se apresenta como recurso inevitável, senão mesmo necessário, em vista dum benefício proporcionado, depois de se terem revelado ineficazes todos os outros recursos para a resolução dos conflitos. A greve, uma das conquistas mais penosas do associativismo sindical, pode ser definida como a recusa colectiva e concertada, por parte dos trabalhadores, de prestarem o seu trabalho, com o objectivo de obter, por meio da pressão assim exercida sobre os empregadores, sobre o Estado e sobre a opinião pública, melhores condições de trabalho e da sua situação social. Também a greve, conquanto se perfile «como (…) uma  espécie de «ultimato”, deve ser sempre um método pacífico de reivindicação e de luta pelos próprios direitos; torna-se «moralmente inaceitável quando acompanhada de violências, ou com objectivos não directamente ligados às condições de trabalho ou contrários ao bem comum».
É muito complicado prever que uma greve conduza ao bem comum da sociedade ou da empresa. Será mais provável conduzir à falência, quando as exigências são absurdas ou incumpríveis. Hoje fazem-se e repetem-se greve por tudo e por nada. Um dia não há médicos, outro não há enfermeiros, noutro parou o Metro, noutro não andam os comboios, noutro os aviões estão parados, noutros os professores vão para a rua em manifestações e insultando os governantes que escolheram… Para ser governante é preciso ter uma paciência de santo ou de Jó, ou ser surdo. A oposição faz guerra ao governo porque julgam ser sempre os melhores. Assim António Costa do PS critica o governo. Devia demitir-se não o ministro Macedo, mas todos e o governo que  só aguenta amarrado à máquina. Esquecemos que o governo anterior que nos colocou nesta miséria é que “nos amarrou à máquina!?” e nos meteu no fundo?  E o que fará se for eleito?... Teremos ocasião para ver se for o caso… E se a oposição se comportar como se tem comportado o PS de certeza que não farão nada…
É que democracia em Portugal não conduz a lutar pelo país, mas sim, pelo Partido… Esta é uma das doenças.
A maior parte das greves prejudicam a economia quer do trabalhador, quer das empresas, quer do Estado… São milhões pela janela fora… Ainda bem que entre nós não costumam ser acompanhadas de grande violência… Valha-nos ao menos isso…Armando Soares


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