LIBANO Serviço Jesuíta aos Refugiados denuncia «emergência escolar» das crianças sírias
LIBANO
Serviço Jesuíta aos Refugiados
denuncia «emergência escolar» das crianças sírias
08
de Janeiro de 2016
ACNUR |
Organização católica lembra
2,8 milhões de meninos e meninas sem escola.
O Serviço Jesuíta aos
Refugiados que presta auxílio em Jbeil, nordeste do Líbano, alerta para cerca
de 2,8 milhões de crianças sírias que “não vão à escola por causa da guerra”,
das quais 550 mil estão neste país.
O Serviço Jesuíta aos
Refugiados (JRS, sigla em inglês) explica que mesmo na “emergência escolar” que
vivem as crianças refugiadas sírias no Líbano oferece assistência a 500
crianças incluindo apoio psicossocial.
Segundo relatório das
actividades do Centro Jbeil, “todas as crianças assistidas foram afectadas”
pelas consequências da guerra com “consequências negativas em termos de
comportamento”, foram vítimas de violência doméstica e “a maioria está a viver
em casas sem condições ou superlotadas”.
Majed Mardini, professor no
centro escolar de Jbeil, revela que as crianças sírias “precisam mais do que
uma educação tradicional”.
“Nós ensinamos as crianças a
comportar-se, como interagir com os outros, mas acima de tudo a quererem-se bem
uns aos outros”, acrescenta, sublinhando que só um trabalho diário e a longo
prazo permite resultados satisfatórios.
Em declarações à Agência
Fides, do Vaticano, este serviço denuncia que está em risco o futuro de
inteiras gerações de jovens sírios.
Este alerta sobre a recusa de
acesso à escolaridade também foi feito à Agência ECCLESIA pela irmã Irene Guia,
da PAR – Plataforma (portuguesa) de Apoio aos Refugiados, numa entrevista na
mais recente edição do Semanário digital Ecclesia.
“Nem no Curdistão Iraquiano,
nem no Líbano, os governos dão certificação às crianças nas escolas. No Líbano
não querem mesmo educação, não querem que as crianças refugiadas sírias
frequentem as escolas e retiram as autorizações às ONG para montar escolas
mesmo que não sejam certificadas”, explicou a religiosa da Congregação das
Escravas do Sagrado Coração de Jesus.
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