VLADIMIR Putin é perigo maior para a Europa do que Estado islâmico, diz George Soros
Putin é perigo
maior para a Europa do que Estado islâmico, diz George Soros
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George Soros, conhecido
investidor e filantropo, diz que o Presidente russo está a tentar provocar o
colapso da União Europeia, para se vingar das sanções económicas e para salvar
a sua própria pele.
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Os líderes europeus e norte-americanos estão a cometer “um erro grave”
se pensarem que Vladimir Putin e a Rússia podem ser aliados na luta contra
o Estado Islâmico, escreve o conhecido investidor e filantropo George Soros. Num artigo para o Project Syndicate, Soros diz que Putin está
a ver na crise dos refugiados e na luta contra o Estado Islâmico uma
oportunidade para “instigar a
desintegração” da União Europeia e contribuir para
que a Europa seja “inundada de
refugiados sírios“. Dessa forma, acreditará o presidente
russo, talvez Putin consiga salvar a sua própria pele.
Para Soros, a União
Europeia e Vladimir Putin “estão, ambos, envolvidos numa corrida contra o
tempo: a questão é saber qual é que vai colapsar primeiro”. Soros diz que não
tem evidências de que Putin tenha instigado a crise na Síria mas, assim que o
Presidente russo se apercebeu de que poderia haver ali uma “oportunidade, aproveitou-a“.
George Soros diz que é um “erro grave” confiar na palavra
de Vladimir Putin. (Foto: Mike Coppola/Getty Images for International Rescue
Committee)
Aviões russos, recorda Soros,
têm bombardeado as populações do sul da Síria, obrigando as pessoas a fugirem
para a Jordânia e para o Líbano. E têm, também, atacado o norte do país,
levando a um êxodo de dezenas de milhares para a Turquia e para a Grécia.
Enquanto isto, “Putin tem camuflado as suas ações com juras de
cooperação contra um inimigo comum, o Estado Islâmico”. Mas os líderes europeus
e norte-americanos devem ter cuidado, porque Soros diz que “Putin está a fazer
o mesmo na Ucrânia, assinando o acordo de Minsk mas não cumprindo os termos do
acordo”.
É difícil compreender porque é
que os líderes dos EUA e da União Europeia acreditam na palavra de Putin, em
vez de o julgar pelo seu comportamento. A única explicação que encontro é que
os políticos democratas querem reconfortar os cidadãos pintando um cenário mais
favorável do que a realidade.
“Os ataques promovidos por
terroristas jihadis,
por muito aterradores que sejam, não se comparam com a ameaça que vem da
Rússia”, afirma Soros, um país que está em crise económica grave. Putin terá eleições
parlamentares no outono e continua com índices de popularidade elevados. Mas
Soros lembra que essa popularidade pode inverter-se muito rapidamente se as
condições de vida na Rússia piorarem de forma abrupta.
Do outro lado está uma União
Europeia que “está confrontada com cinco ou seis crises ao mesmo tempo, o que
poderá acabar por revelar-se demasiado”, escreve George Soros. “Como Merkel
corretamente anteviu, a crise dos refugiados tem o potencial para destruir a
União Europeia” e é preciso reconhecer a “ameaça difícil que vem da Rússia de
Putin”. “Não reconhecer [essa ameaça] tornará a tarefa [de evitar o colapso]
ainda mais difícil”, conclui o magnata. OBS.
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