PORTUGAL Portugal contribui com 25 milhões para resposta humanitária na Síria
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Portugal contribui com 25 milhões para resposta humanitária na Síria
Portugal contribuirá com 25 milhões de
euros para a resposta à emergência humanitária na Síria, disse hoje o ministro
dos Negócios Estrangeiros, que participa na conferência de líderes mundiais
"Apoiar a Síria e a Região", a decorrer em Londres.
Lusa
PAÍS AJUDAHÁ 16 MINSPOR LUSA
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"Nos próximos dois anos Portugal vai con
tribuir com um montante] à roda dos 25 milhões de euros, o que é um esforço bem signifi[cativo na atual situação orçamental portuguesa", afirmou Augusto Santos Silva à agência Lusa.
Essa contribuição vai distribuir-se pelos anos de 2016 e 2017, adiantou, e refere-se a 24 milhões de euros que Portugal disponibilizará no âmbito da ação de apoio europeu à Turquia para gerir o fluxo de refugiados provenientes da Síria, e mais um milhão de euros através de "outros institutos de apoio à Síria.
No entanto, o ministro argumentou que
"o dinheiro é um instrumento e que se acrescenta à paleta de instrumentos
de resposta à emergência humanitária" e referiu-se à Plataforma Global de
Assistência a Estudantes Sírios criada pelo ex-Presidente da República Jorge
Sampaio, sobre a qual irá centrar a sua comunicação no plenário da conferência.
O programa de apoio a estudantes sírios
que, devido à situação no país, viram interrompidos os estudos visa ajudar a
que que prossigam os estudos superiores em diferentes países e completem a
formação universitária.
O ministro defende que o programa, que
permite à Síria manter capacidade de formação de quadros de que necessitará na
reconstrução, é um "exemplo de uma resposta específica de apoio a
populações em situação de carência que pode ser replicada noutras
circunstâncias similares"
Nos dois anos em funcionamento, a
Plataforma já ajudou 150 estudantes sírios em 10 países, cerca de metade dos
quais estudaram em Portugal.
"É um instrumento de apoio que vale
a pena conhecer, vale a pena difundir e vale a pena replicar em circunstâncias
semelhantes", vincou.
O MNE, através do Fundo de Relações
Internacionais, revelou, é um dos financiadores, juntamente com outros doadores
como fundações estrangeiras.
Dirigentes de todo o mundo encontram-se
em Londres para tentar reunir nove mil milhões de dólares (oito mil milhões de
euros) para os 18 milhões de sírios afetados pela guerra, bem como tentar
conter a crise dos refugiados.
O ministro dos Negócios Estrangeiros
português, Augusto Santos Silva, é um dos mais de 70 responsáveis
internacionais presentes na conferência, que também inclui o primeiro-ministro
britânico, David Cameron, a chanceler alemã, Angela Merkel, o secretário-geral
da ONU, Ban Ki-moon, e representantes de organizações não-governamentais e do
setor privado.
Coorganizada pela ONU, Reino Unido,
Kuweit, Noruega e Alemanha, esta conferência de doadores, visa responder ao
pedido de angariação de 7,73 mil milhões de dólares (6,92 mil milhões de euros)
feito pelas Nações Unidas, ao qual se juntam 1,23 mil milhões de dólares (1,1
mil milhões de euros) para ajuda aos países da região.
No ano passado, um apelo semelhante
feito pela ONU de 2,9 mil milhões de dólares (2,6 mil milhões de euros) recebeu
menos de metade do desejado.
Hoje, a Alemanha já prometeu 2,3 mil
milhões de euros, o Reino Unido 1,7 mil milhões de dólares (1,5 mil milhões de
euros) e espera-se que a União Europeia contribua com 2,2 mil milhões de euros
(dois mil milhões de euros).
Iniciado em 2011, o conflito na Síria já
causou mais de 260.000 mortos e colocou 13,5 milhões de pessoas em situação de
vulnerabilidade ou deslocadas em território nacional.
Cerca de 4,6 milhões de sírios
procuraram refúgio nos países vizinhos (Jordânia, Líbano, Turquia, Iraque e
Egito), enquanto centenas de milhares se dirigiram para a Europa, arriscando
muitas vezes a vida.
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