MIGRAÇÕES Cáritas Internacional apela a «políticas de acolhimento mais humanas»
MIGRAÇÕES
Cáritas Internacional apela a «políticas de acolhimento mais
humanas»
Jun 14, 2018 - 12:22
Organização católica promove
Semana de Ação Global entre 17 e 24 de junho
Cidade do Vaticano, 14 jun 2018 (Ecclesia) – O
secretário-geral da Cáritas Internacional apelou aos governos para que parem de
encarar os migrantes e refugiados como uma “problema” e incentivem a “políticas
de acolhimento mais humanas”.
Numa entrevista ao
portal Vatican News, inserida na Semana de Ação Global que a Cáritas vai promover
em referência ao Dia Mundial do Refugiado (20 de junho), Michel Roy começa por
lembrar que os migrantes e refugiados “não partem para fazer turismo”, mas sim
porque são “forçados” a isso pela situação que enfrentam nos seus países de
origem.
“São pessoas que
sofreram muito e sofrem ainda e precisam de encontrar pessoas com olhos, mentes
e corações abertos”, sustenta aquele responsável, para quem esta Semana de Ação
Global (de 17 a 24 de junho) pode ser uma boa oportunidade para enraizar esta
necessidade e para educar para a “cultura do encontro” que o Papa Francisco tem
vindo a defender.
A par deste projeto,
a Cáritas Internacional tem também a decorrer a campanha “Partilhar a Viagem”,
que procura sensibilizar as comunidades e os países para toda esta problemática
da crise dos migrantes e refugiados.
Em causa está a
promoção de gestos concretos, de comunhão e de encontro, que permitam também a
troca de experiências e uma maior consciencialização das pessoas para as
dificuldades que migrantes e refugiados enfrentam.
Para o
secretário-geral, estando a ‘Semana de Ação Global’ virada para a temática da
refeição, “partilhar” um almoço ou um jantar com um deslocado ou refugiado
seria “uma oportunidade bonita” para “dialogar, debater e ouvir mais as
histórias das pessoas”.
Todos nós precisamos
de uma sociedade mais humana e não desumana. Não devemos recusar humanidade a
essas pessoas que vêm. Organizar uma refeição, e cada um pode fazer isso, é
muito importante: criar oportunidade de encontrar as pessoas, que causam medo a
muita gente, quando na verdade são eles que estão com muito medo”, frisa Michel
Roy.
JCP
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