REVISTA “BOA NOVA”? por P. Artur Matos *

BOA NOVA

REVISTA “BOA NOVA”? por P. Artur Matos *

PORQUÊ E PARA QUÊ

Para formar e informar o Povo de Deus na consciência missionária, e

sempre estar aberta ao Espírito para discernir esta coisa simples e

complicada: Que “notícia” na notícia Missão?

Nesta sua caminhada de 94 anos tem interessado à Revista ser uma fiel

serva da Boa Nova de Cristo. Ele, Cristo, é a Boa Nova. É o paradigma da

notícia: primeiro, porque é verdadeiramente “notícia”, com todos os

elementos do seu processo comunicativo e todas as caraterísticas

identificativas; Palavra emitida pelo Pai e acolhida no Homem pelo dom do

Seu Espírito; é profundamente humana, pessoal, comunitária e social, em

objetivo direto e exclusivo de salvar o Homem do caos da

incomunicabilidade. É estrutural e objetivamente uma Notícia Boa, porque

é uma Notícia (bem caracterizada e elaborada) de um Acontecimento novo

(sempre novo, por mais “relatado” que seja, pois o Espírito o renova

constantemente e lhe dá profundidade que o Homem, por mais que o ouça

e viva, jamais conseguirá conhecer em plenitude), e uma notícia Boa, no

conteúdo da sua mensagem, na sua finalidade e nos efeitos que produz. A

Boa Nova aparece, assim, na dignidade máxima da missão de qualquer

notícia (meio de o Homem melhor se conhecer a si e à natureza, e melhor

“deixar viver os dois”), fazendo-a então meio para Novidade de Deus, na

Missão de O dar a conhecer, revelado por Cristo. Estamos diante de um ato

comunicativo profundamente dialógico, como ato de relação entre dois ou

mais sujeitos pelo qual se evoca em comum um mesmo significado. Uma

Boa Nova que, pela proclamação direta e kerigmática, aparece ao sujeito-

recetor como uma “primeira informação” a permitir-lhe retomar ou receber

dados e estruturá-los de uma maneira determinada, de modo que lhe sirvam

como guia da sua ação.

Tentamos, pois, na Revista Boa Nova, ser transparência da Boa

Nova, que é Cristo. Essa Boa Nova, sim, é a chance ilimitada da

Novidade.

Nestes últimos quatro anos decorridos desde a XII Assembleia Geral,

a Revista Boa Nova, apesar do esforço na qualidade (temos na redação

três pessoas com carteira profissional: P. Armando, Letícia Amorim e

Hugo Anes), tem tido uma diminuição drástica no número de assinantes.

Em 2014 tinha 10.800 exemplares de tiragem. Em junho de 2018: 8.600

exs. Média de 500 assinante a menos, cada ano.

A nossa imprensa e, em particular a Revista Boa Nova, é a nossa

melhor presença e anúncio do que somos e fazemos.

Através da Revista mantém-se viva a comunicação entre a Família

Boa Nova e promove-se a solidariedade espiritual e material.

A Revista Boa Nova continua herdeira fiel ao carisma inicial de “O

Missionário Católico” que, há 94 anos, nasceu para ser uma boa nova de

Cristo e de nós, Missionários da Boa Nova, que O anunciam.

P. Artur de Matos Bastos * in BOLETIM FAMILIAR nº 404