REFUGIADOS Agências da ONU pedem ação da Europa para resolver “tragédia humana” no Mediterrâneo
REFUGIADOS
Agências da ONU pedem ação da
Europa para resolver “tragédia humana” no Mediterrâneo
Frontex/Francesco Malavolta
Migrantes a bordo de um navio de resgate belga. 28.06.2
Perto de mil refugiados e
migrantes já morreram a tentar a travessia este ano; Conselho Europeu reúne
líderes do continente em Bruxelas esta quinta-feira.
A Agência da ONU para Refugiados, Acnur, e a Organização
Internacional para Migrações, OIM, pedem aos países da União Europeia que atuem
para resolver a “tragédia humana” que afeta migrantes no Mediterrâneo.
Em nota, as agências pedem “ação ampla para reduzir
significativamente a perda desnecessária de vidas no mar”. Perto de mil
refugiados e migrantes já morreram ao tentar chegar à Europa este ano.
Estratégia
As agências da ONU dizem que “é necessária uma nova
abordagem colaborativa para tornar mais previsível e fácil de gerir o
desembarque de pessoas resgatadas no mar”.
Segundo a nota, essa nova estratégia deve basear-se na
colaboração entre União Europeia, ONU e União Africana. As pessoas resgatadas
em águas internacionais devem ser levadas para locais seguros na Europa e
outros lugares.
Responsabilidade
O alto comissário da ONU para Refugiados, Filippo Grandi,
lembrou os navios no Mediterrâneo, transportando refugiados e outros migrantes
resgatados, que foram impedidos de atracar “devido a um impasse político na
Europa”.
Grandi diz que a defesa do direito de asilo na União
Europeia é “absolutamente crucial”. Segundo ele, “negar resgate ou transferir a
responsabilidade para outro lugar é completamente inaceitável”.
O diretor-geral da OIM, William Lacy Swing, explicou que
a "prioridade é salvar as vidas de todos aqueles que foram vitimas de
contrabandistas".
Encontro
O número de refugiados e migrantes que tentam chegar à
Europa por mar atingiu o pico em 2015. Nesse ano, mais de 1 milhão de pessoas
tentaram atravessar o Mediterrâneo e quase 5 mil morreram.
Três anos depois, os números estão de volta aos níveis
anteriores a 2014. Até este mês, 42 mil pessoas ja tentaram fazer a travessia.
No mesmo período do ano passado, tinham sido 85 mil.
A OIM e o Acnur pedem que os Estados-membros usem o
Conselho Europeu, que começa esta quinta-feira em Bruxelas, na Bélgica, para
encontrar uma nova abordagem para o tema.
Segundo as agências, “o apoio europeu, a solidariedade e
a colaboração com os países anfitriões de refugiados tornaram-se mais
importantes do que nunca”.
Comentários
Enviar um comentário