CHAPADINHA O antes e o depois do livro do Gênesis
CHAPADINHA
O antes e o depois do livro do Génesis, como entendia antes e como é para entender agora. Você topa?
sábado, 29 de setembro de 2018
O antes e o depois do livro do Génesis, como entendia antes e como é para entender agora. Você topa?
sábado, 29 de setembro de 2018
Definimos teologia como o estudo de Deus e da ligação de Deus com a vida
e o universo.
É sempre praticada
dentro de um contexto de tempo, lugar, cultura e visão e visão do mundo, e
essas visões do mundo influenciam a maneira como as pessoas imaginam Deus, sua
ligação com Deus e a maneira como respondem em oração, culto, ritual e
comportamento.
Ficou célebre
o caso de Galileu Galilei em 1630, que mudou a visão científica acerca da
posição da Terra no cosmo, que a Igreja tinha como verdade religiosa. Estava
sendo inaugurada uma nova cosmovisão. Pena que levou 350 anos para a Igreja
reconhecer isso e até pedir perdão ao mundo da ciência.
Na verdade
precisamos atualizar a nossa fé, e precisamos nos familiarizar com a
visão do mundo ou cosmologia que hoje é aceita, visão do mundo na qual as
crianças de hoje estão sendo educadas, diferente daquela na qual a fé cristã
tradicional se formou.
Nesta nova
cosmologia, o nosso sol é uma estrela de segunda grandeza da terceira geração,
formada há cerca de 5 bilhões de anos.
E, como
escreve Swimme, os ions do nosso cérebro dependem do alimento, o alimento
depende de fótons produzidos no centro do sol, o sol resulta de explosões
anteriores de estrelas, e tudo isso resulta do que aconteceu no primeiro
momento do início deste universo e disso continua participando.
E ainda: essa
saraivada dos primeiros tempos provê de energia nosso modo de pensar. Incêndios
do início dos tempos lhe fortalecem ainda mesmo agora neste instante. O que
você pensa e sente neste momento só é possível através do fogo cósmico. Todo o
seu sistema nervoso é rico deste fogo, “somos todos feitos de faíscas de
estrelas”.
“Você é aquela
estrela, trazida a uma forma de vida que possibilita a vida refletir sobre si
mesma”(Swimme).
Temos que
saber que há 200 bilhões de estrelas só na nossa galáxia. O sol viaja ao redor
desta galáxia à velocidade de 210 quilômetros por segundo, e uma
viagem ao redor dela leva 250 milhões de anos.
Há mais de
300 bilhões de galáxias, cada uma com bilhões e bilhões de estrelas. Os
cientistas estão convencidos que há outros universos além deste nosso, com
outros bilhões de galáxias,
O que todas essas informações sobre nosso universo fazem para nossa imagem
de Deus?
Hoje os
alunos do Curso Fundamental vão na internet e veem que nosso universo começou a
existir há cerca de 15 bilhões de anos atrás, que nosso sistema solar se formou
cerca de 5 bilhões de anos atrás, e formas de vida se desenvolveram pouco a
pouco em nosso planeta:
Três biliões
e meio de anos, os fósseis mais antigos na Austrália ocidental; dois bilhões de
anos começou o oxigênio na atmosfera; setecentos milhões de anos, as plantas;
duzentos e cinquenta milhões de anos apareceram os dinossauros; há dois milhões
de anos, o homo erectus, já sabendo fazer fogo e usar ferramentas; há
trezentos mil anos, o homo sapiens, homens de Neandertal;
130 milhões de anos as primeiras plantas
florescentes; 65 milhões de anos, cataclismos e extinção dos dinossauros; 55
milhões de anos os primatas e os cavalos da floresta; há 200 mil anos o homem
atual; Há cem mil anos começou a aprender a falar até cinquenta mil
que se aperfeiçoou.
E porque a
autoridade da Igreja resiste tão fortemente a esse entendimento? É porque
grande parte da teologia cristã depende de uma visão do mundo que afirmava
terem os seres humanos vindo ao paraíso e que as coisas deram errado por conta
deles.
O que acontece agora quando somos confrontados com provas esmagadoras de que desenvolvimento, morte, desastres e revolução eram componentes essenciais da existência deste planeta milhões e milhões de anos antes que os seres humanos entrassem em cena?
O que acontece, por exemplo, com a doutrina do pecado original ligada a um entendimento literal da Criação e da queda, como a bíblia descreve? Não será uma visão antiquada do mundo que as pessoas instruídas devem achar difícil de engolir?
Não poderiam e não deveriam as lideranças da Igreja adotar a realidade da cosmologia contemporânea e ajudar os fiéis a fazer o mesmo? É uma ótima pergunta feita por Michel Morwood em “ O católico de amanhã”.
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