EVANGELIZAR Media: «Evangelizar não é bombardear com mensagens religiosas»
EVANGELIZAR nas redes sociais
Media: «Evangelizar não é bombardear com mensagens religiosas»
Set 27, 2018 - 16:58
Monja «twitera» sugere
«conversação» e «acolhimento» como boas práticas nas redes sociais
A irmã XisKya Valladares |
A irmã XisKya Valladares disse hoje que para evangelizar nas redes sociais as
publicações devem ser mais amplas do que exclusivamente religiosas.
“Não bombardear a rede com
mensagens religiosas. Isso não é evangelizar. Isso só interessa a quem é
religioso. Quem não vai à Igreja não lhe vai interessar”, enfatizou a religiosa
durante o debate que esta tarde apresentou em Fátima sobre «Boas práticas para
evangelizar no Facebook, Twitter e Instagram».
“Os entendidos dizem que
devemos publicar 20% de interesse nosso e 80% do interesse da audiência. Se
apenas publico mensagens religiosas isso só vai tocar 20% que me interessa a
mim”, referiu.
A religiosa sugere um “estilo
de conversação” que opte pelo “acolhimento” em vez da publicação exclusiva de
“mensagens religiosas”.
«Porque não um átrio dos
gentios dentro de uma diocese on line?»
Questionada sobre o
investimento a fazer por uma instituição religiosa no ambiente digital, a irmã
Xiskya Valladares afirmou que este é um trabalho que não pode ser deixado nas
mãos de voluntários.
“Se atiramos setas sem ter um objetivo,
não vamos acertar. É importante ter uma pessoa que não seja voluntária. Não
basta dar-lhe um botão para ele clicar mas que saiba sobre marketing, sobre
comunicação”.
Na apresentação, a religiosa
da Congregação da Pureza de Maria evidenciou que a mudança tecnológica está a
alterar “a forma como se conduz, como se compra, os relacionamentos, como se
comunica” e também a forma como “as pessoas edificam os valores”.
“Não podemos continuar a falar
com linguagens antigas, com mensagens de sempre para pessoas novas, para novos
usuários”.
Uma eficaz comunicação na rede
social Facebook compreende que a partilha de uma homilia, por exemplo, deve ter
de “um paragrafo sugestivo, um vídeo de um minuto no máximo e, um link para
quem queira ler a homilia completa. Esta forma resulta mais e está mais de
acordo com a minha audiência”.
Nesta rede social, indicou a
religiosa, “a criatividade tem de ir mais além do que já fazemos sempre: as
mensagens e a fotografias”.
“A interação é o que vai
causar mais gostos”, sublinhou, exemplificando com a possibilidade de fomentar
a participação com perguntas, partilha de estados que gerem emoções e o uso de
um “humor são”.
“O jornalismo tem regras mas
não pode ser uma mensagem plana, sem emoção porque não vai interessar a uma maioria”,
sugeriu durante a apresentação.
Sugere a irmã Xiskya que a
publicação deve ser “diária”, com “resposta a todos os comentários”.
“O melhor dia para publicar é
o domingo e a melhor hora é entre as 22h e a meia-noite, mas cada instituição
deverá descobrir qual a sua melhor hora”.
Sobre a rede social Twitter,
nascida a partir do envio de mensagens curtas, afirmou a religiosa ser a forma
privilegiada para “pescar fora do aquário”.
“O Twitter é mais para um
alcance fora das nossas fronteiras; é para nos relacionarmos com pessoas fora
no nosso círculo”.
No Twitter devem ser motivadas
as conversações, daí a importância de responder às mensagens.
O Instagram é “uma rede,
sobretudo, de gente jovem”.
“Sobretudo para nos
aproximarmos deles, e, em especial, através de fotos e vídeos”, exemplifica: “A
qualidade da imagem diz muito à gente jovem sobre uma instituição”.
A religiosa deixou ainda o
alerta de que as redes são como “uma lupa”, pois “aumentam os nossos defeitos e
o ser humano não é perfeito”.
“Todas as redes sociais têm o
botão de silenciar e de bloquear” que devem ser usados quando a interação com
“hatters” e “pessoas doentes” acontece.
As redes são como uma lupa:
aumentam os nossos defeitos e nós não somos perfeitos. A religiosa indica que
“todas as redes sociais têm o botão de silenciar e de bloquear” e que se devem
usar.
Para a tarde está prevista a
apresentação de Juan Della Torre, da La Machi – Agência de Comunicação para
Boas Causas, responsável pela app oficial de oração do Papa, ‘Click To Pray’, e
pela produção mensal de ‘O Vídeo do Papa’.
A organização do evento
adianta que nestas jornadas vai ser apresentado um estudo mundial sobre “social
listening” no facebook e instagram, relativo aos interesses dos jovens com
idades entre os 18 e os 25 anos.
As Jornadas Nacionais de
Comunicação Social e III Jornadas Práticas de Comunicação Digital são
organizadas pelo Secretariado Nacional das Comunicações Sociais e pela Rede
Mundial de Oração do Papa, oferecendo conferências, workshops e debates com
oradores de referência nas áreas da comunicação social e digital.
LS
Comentários
Enviar um comentário